Whisky

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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Desvendando Nº 64: Chequers


Ao longo dos anos, o whisky escocês foi engarrafado em tudo, desde sacos de golfe em miniatura até modelos de monstros do Lago Ness ou do Big Ben, então por que não usar um jarro de cerâmica e empregar em sua cabeça uma rolha?

Marca irmã da Abbot's Choice, Chequers foi um blend de luxo ocasional de John McEwan & Co. O blender baseado em Leith era mais conhecido por sua marca Abbot's Choice, enquanto a Chequers evoluiu para um whisky de luxo de 12 anos que se descrevia como "uma mistura especialmente harmoniosa de scotch whiskies, sendo totalmente da própria escolha de McEwan". Antes disso, Chequers foi lançado como um blend padrão nos EUA com uma série de anúncios pródigos na revista Life no final da década de 1960. Sem dúvida, Chequers veio apresentar o Linkwood como um dos seus maltes constituintes, a destilaria de Speyside licenciada para John McEwan & Co Ltd quando se tornou parte do DCL. Hoje, a marca registrada é propriedade da Diageo.

Os anúncios da revista Life invariavelmente apresentavam imagens da Linkwood, embora não fosse mencionada pelo nome. Foi simplesmente referida como "nossa destilaria de Elgin em Morayshire", com John McEwan & Co Ltd dado como "proprietário da marca Chequers". Na verdade, esta antiga empresa de whisky, fundada em 1863 em Leith, fazia parte da Distillers Company (DCL) desde 1937, cinco anos depois que a DCL adquiriu a Linkwood.


Desde a década de 1960, Chequers foi denominado 'The Superb', 'Superb De Luxe' e 'Mas de 12 años', uma alusão à idade para os principais mercados latinos. Uma versão do Chequers de Luxe sem idade definida ainda pode estar disponível na Venezuela.

O que pude perceber:
Características: cor âmbar, corpo médio.
Aroma: pouco álcool, quase imperceptível, malte, madeira, frutas secas, ameixa, uvas passas. Adocicado, baunilha. Os whiskies de grãos não são perceptíveis. Dá a impressão de que há uma maior proporção de whiskies de malte do que de grãos. Amêndoas. Não senti defumado ou fumaça de turfa. Depois de um certo tempo no copo, toda a evidência de álcool some. Me arrisco a dizer que tem uma contribuição muito grande de barris de sherry. Com um pouco de água o aroma fica terroso e evidencia mais o amadeirado do carvalho. Frutas secas permanecem. Desta vez um pouco de cereais aparecem. Malte, baunilha e gengibre. Álcool inexistente.
Paladar: frutado, especiarias, malte, amadeirado. Uma certa picância que vai esquentando a boca. Chocolate ao leite. Passas. Frutas secas. Uma explosão de sabores. Com um pouco de água fica bastante suave. Sente-se baunilha, cereais, um certo frutado. Notas de cereais provenientes dos whiskies de grãos aparecem agora, deixando a bebida um pouco amarga. A picância persiste e o final fica de médio para longo. Na minha opinião, a água deu uma desestruturada na bebida, de modo que não irei experimentá-la com gelo. Acho que puro é a melhor forma de apreciar.


Foi um whisky que teve toda uma história para ser adquirido, envolvendo outras pessoas de outras cidades até que veio parar em minhas mãos e eu o repassei ao meu amigo Michel Texier que coleciona estas garrafas Vintage de porcelana. Em princípio, a aquisição da garrafa era justamente pela garrafa em si, altamente colecionável, uma vez que não se sabe a verdadeira condição do líquido, como foi preservado, condição da rolha, evaporação, etc. Se o líquido estivesse OK, seria um bônus. E posso atestar que este bônus foi excelente.

A garrafa é muito bonita e elegante e guarda uma excelente bebida. A rolha precisou de um reforço extra para manter a vedação. Talvez também isto explique a quase ausência de álcool, apesar dos 43% ABV. Apesar disso, é um whisky guardado há bastante tempo que manteve intactas suas características. Muito bem feito e balanceado, mostrando que, talvez, antigamente não ligassem tanto para quantidade e, sim, qualidade.




Chequers


Blend Teor Alc 43%

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Desvendando Nº 63: Haig Supreme


Whisky de pedigree ilustre pertencente à Diageo, o Haig é uma lembrança da mais velha família de destiladores da Escócia e vencedor de inúmeros prêmios ao longo dos anos. Em seus dias de glória, o Haig foi o whisky mais vendido do Reino Unido, mas agora é encontrado principalmente na Grécia, Alemanha, Ilhas Canárias, Coréia, EUA e México.

A empresa Haig pode rastrear a sua história até um certo John Haig, que se acredita começou a destilar produtos de sua fazenda em Throsk, Stirlingshire, em 1627. Os descendentes ligaram-se por casamento à família Stein, que, tinha notáveis destiladores, e, mais tarde, cosntruíram uma destilaria de grãos em Cameronbridge, Fife. Finalmente, em 1877, estavam entre os fundadores da Distilers Company, mas mantiveram operações independentes de blending até 1919.

A marca mais conhecida da empresa, o Dimple (ou Pinch nos EUA), foi lançada em 1890.

O que pude perceber:
Características: cor âmbar, pouco para médio corpo.
Aroma: terroso, malte, grãos, um pouquinho de álcool, chocolate ao leite, amanteigado, baunilha, gramíneas, um tom herbal, amadeirado. Com o whisky descansando no copo alguns minutos, a percepção do álcool diminui bastante. Não senti fumaça de início. Também não é um whisky doce, é mais para especiarias com um pouco de passas, de forma bem equilibrada. Nenhum aroma se sobressai. Com um pouco de água o álcool some, prevalece um aroma herbal, a madeira do carvalho aparece um pouco mais, fica menos apimentado. Novamente aromas bem equilibrados, sem sobreposição. Ainda sem sinais de fumaça. Com uma pedra de gelo a fumaça apareceu. O defumado agora ficou evidente. Só não toma conta do aroma porque os whiskies de grãos agora é que mandam. Ficou um whisky mais fresco. Aparece um frutado, uma mistura de banana e abacaxi. O álcool definitivamente some, sem nenhum traço. Aparece uma nota de couro.
Paladar: madeira, cereais, chocolate branco, um toque de especiarias, terroso. Carvalho, baunilha, herbal e finaliza de uma forma apimentada, esquentando a boca. O álcool é bem pouco perceptível. A água evidencia mais os whiskies de grãos, a madeira de carvalho e, agora, no finalzinho, mas bem sutil, um defumado. Esta nota de defumado, se não estiver bem concentrado, passa batida, quase imperceptível. Aparecem cereais e uvas passas. Desta vez não esquenta a boca como quando experimentado puro. Com uma pedra de gelo, ao contrário do que foi sentido no aroma, primeiramente sente-se o gosto de malte para então seguir o gosto de grãos. Em seguida vem o defumado, um pouco do amadeirado e o frutado logo atrás. A picância diminui um pouco e a finalização é defumada, persistindo por mais tempo agora.

Whisky da mesma família que produz o Dimple que eu havia considerado um excelente blend. Este não fica atrás, mas deve ser comparado dentro de sua categoria, a dos whiskies standard. É para ser apreciado sem pretensão e posso dizer que para mim funcionou melhor com gelo. A adição de uma pedra de gelo quebrou a supremacia dos whiskies de grãos, deixando que o malte aparecesse e evidenciando a finalização defumada.

Ótima alternativa entre os standards uma vez que nesta bebida o álcool não é tão evidente. Só não é tão fácil de encontrar.




Haig Supreme

Blend Teor Alc 40%

Blend que leva em sua composição cerca de 20 whiskies envelhecidos na sua maioria entre 5 e 8 anos. Vencedor de várias premiações em sua categoria incluindo Ultimate Spirits Challenge e San Francisco World Spirits Competition. 

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Desvendando Nº 62: Bell's Original


Depois de lançada, a marca Bell's continuou a ser pouco conhecida por mais de 50 anos, e só acertou o paso nos anos 70. Isso se deveu em grande parte à formação religiosa de Arthur Bell e à sua modéstia inata.

Ele se recusava a permitir que o nome da família aparecesse na garrafa, explicando que preferia que “as qualidades de meus produtos falem por si mesmas”. Seus filhos, Arthur Kinmond (AK) e Robert, eram bem menos idealistas e despretensiosos e, logo depois da morte do pai em 1900, trataram de recuperar o tempo perdido.

A proibição do uso do nome Bell foi abandonada em 1904, e rapidamente foi estabelecido um próspero negócio de exportação para a Austrália e a Nova Zelândia. Foram escolhidos representantes na India, no Ceilão, na Itália e na França. AK realizou uma extensa viagem à América do Norte, especialmente no Canadá, e a marca tornou-se a mais popular da África do Sul.

O slogan “Afore Ye Go” (“Antes que você se vá”), que serviu tão bem à empresa, é mais ou menos dessa época, embora só tenha sido registrado como marca em 1925. Depois de um período de suspensão, houve um retorno bem-vindo à embalagem renovada da marca, lançada em 2006.


A Bell's adquiriu as destilarias de Blair Athol e Dufftown em 1933 e, três anos depois, acrescentou a elas a Inchgower. A ligação familiar foi rompida em 1942, com a morte dos dois irmãos Bell, e William Farquharson assumiu como diretor, posto que teve até falecer em 1973.

O que pude perceber:
Características: dourado, pouco corpo.
Aroma: esfumaçado semelhante ao White Horse. Gramíneas, baunilha, caramelo, uma canela e um pouco de cereais. Tem o álcool, que agride um pouco as narinas, mas não é algo que invalide a bebida. Dá para notar também que é um whisky seco. Acrescentando um pouco de água os grãos se destacam. Aparece um tom amadeirado com baunilha, notas crocantes de cereais, um pouco herbal, com notas de grama ressecada. Especiarias ainda se fazem presentes com um toque de canela. O esfumaçado continua também. A adição de uma pedra de gelo deixa o whisky mais fresco e evidencia o esfumaçado, depois vem o amadeirado, cereais e baunilha. A sensação de refrescância predomina, com um mentolado bem nítido. Todo o resquício de álcool que antes era perceptível some por completo.
Paladar: esfumaçado, baunilha, mentolado, um pouco picante e termina com um amargor na boca, com aquele gosto característico de whiskies de grãos. Com um pouco de água confirma o que foi sentido no aroma, porém acentuando mais os cereais e agora a finalização vem com uma certa picância. Com uma pedra de gelo tem um início um tanto quanto amargo, depois vem cereal, amadeirado e herbal. Finaliza com o sabor dos whiskies de grãos e uma pitada de esfumaçado.

Mais uma degustação de whisky feita a pedidos. Engraçado que me preparei todo para sentir o aroma de álcool como primeira nota deste whisky. Não é. Foi uma grata surpresa.


Já havia feito um review do Bell's na sua versão Extra Special, também engarrafado na Escócia e com um ABV de 43%. Não havia gostado. Experimentei a versão do Bell's engarrafada aqui no Brasil e também não havia gostado. Então, as expectativas não eram muito altas para este whisky. Acho que até foi bom experimentá-lo esperando pouco, porque desta forma, o que vem de bom é como um bônus. E foi exatamente o que aconteceu no aroma. Me surpreendeu, com características semelhantes ao White Horse e me surpreendeu também no paladar onde não possui as características acetonadas percebidas quando da degustação do Extra Special e nem o álcool tão agressivo quanto no Bell's Original engarrafado no Brasil.

Voltar a ser engarrafado na Escócia fez muito bem para este whisky. Continua sendo o whisky escocês mais barato encontrado no Brasil, apesar de ter ficado mais caro. Na mesma prateleira encontrei as duas versões lado a lado, ambas com o mesmo preço. A diferença é que a engarrafada no Brasil possui capacidade para um litro enquanto esta nova versão possui capacidade de 700ml. São 30% menos whisky. Não sei se chega a ser 30% melhor, mas com certeza é melhor. A parte ruim é que continua pecando na finalização, deixando um retro-gosto bastante amargo.

Meu veredicto é que achei o aroma bem melhor que o paladar e nesta mesma categoria e com um pouquinho mais de dinheiro poderemos levar para casa outras opções.




Bell's Original

Blend Teor Alc 40%


Assim como o Blair Athol, o Dufftown e o Inchgower são componentes importantes deste whisky, juntamente com o Glenkinchie e o Caol Ila. Um blend moderadamente encorpado, com aroma de nozes e leve sabor de especiarias.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Johnnie Walker preparada para lançar edição feminina do Black Label

A Johnnie Walker parece estar pronta para apresentar uma edição feminina de seu blended scotch whisky Black Label, e irá ser chamada Jane Walker Edition.

De acordo com os rótulos enviados para o Departamento de Comércio de Álcool e Tabaco dos EUA (TTB) para aprovação, a Jane Walker Edition será um engarrafamento especial do blended scotch whisky Johnnie Walker Black Label, de 12 anos de idade.

O icônico Striding Man da marca foi transformado em uma Striding Woman pela expressão, com chapéu alto, cabelos longos e um bastão.


Embora a proprietária da marca, Diageo, ainda não tenha liberado informações adicionais, especula-se que o lançamento poderia ser calculado para coincidir com o Dia Internacional da Mulher em 8 de março. No entanto, nenhuma data de lançamento oficial foi confirmada.

A Diageo é conhecida pelo seu trabalho na promoção da igualdade de gênero no local de trabalho e foi destaque entre as melhores empresas do FTSE100 para o número de mulheres nos conselhos e nas funções de liderança.

A empresa com sede no Reino Unido também patrocina o Prêmio Feminino Bailey's de ficção por vários anos e executa o Plano W, um projeto de capacitação feminina que oferece oportunidades de trabalho e treinamento para mulheres em 17 países.


A encarnação de Jane Walker ocorre em meio ao movimento contra o assédio sexual, fundado em resposta às alegações feitas contra o produtor de filmes de Hollywood, Harvey Weinstein.

No entanto, a chegada de Jane Walker está um tanto atrasada. A Striding Woman estava supostamente preparada para coincidir com a potencial eleição presidencial de Hillary Clinton, mas foi posta em espera após sua derrota.


Esperamos ter maiores notícias em breve.


Fonte: scotchwhisky.com

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Desvendando Nº 61: Ballantine's Finest


Hoje e nos próximos reviews estarei atendendo a uma série de pedidos realizados aqui no blog. São whiskies standard, acessíveis nos nossos supermercados, de ótimo custo e, para a grande maioria, a porta de entrada para este fascinante mundo.

Começarei falando sobre o Ballatine's Finest que, hoje, deve ter a mais extensa gama de blended whiskies do mundo. Isso inclui o Ballantine's Finest e uma série de blends com várias declarações de idade, entre elas as versões de 12, 17, 21 e 30 anos.

O Ballantine's foi pioneiro em blends envelhecidos e produziu pela primeira vez o carro-chefe 30 anos no final da década de 20, a partir de estoques especiais de whisky de malte e grão que tinham sido separados anos antes com a ideia, já em mente, de criar um produto superpremium.

Essa antevisão permitiu ao blend estabelecer uma posição forte e competitiva no topo do mercado, posição esta que, apesar de várias mudanças de propriedade, sempre manteve, desde então, a empresa em boa situação.


Relativamente difícil de encontrar no mercado do Reino Unido, o Ballantine's Finest a bastante tempo é popular em outros lugares da Europa, e as demais expressões premium gozam de enorme sucesso no extremo oriente, especialmente na China, Japão, Coréia do Sul e mercados asiáticos livres de impostos.

A série agora vende cerca de 5,5 milhões de caixas de 9L por ano, o que o torna o terceiro whisky escocês mais vendido do mundo em volume.

O blend destaca-se por sua complexidade, com mais de 40 whiskies de malte e grão diferentes na mistura. Os dois single malts de Speyside, Glenburgie e Miltonduff formam a base do blend, mas maltes de todas as partes da Escócia também são empregados. Para a maturação, Ballantine's dá preferência principalmente ao uso de barris que foram de bourbon, pelo efeito de baunilha e pelas notas doces e cremosas.

O que pude perceber:
Características: cor de pallha escura, pouco corpo.
Aroma: floral e frutado, amadeirado e com um pouco de cereais. Sensação de algo crocante. Whiskies de grãos ao fundo. Bastante baunilha. Pouca evidência de álcool, apesar de poder ser notado. Doce, lembra barra de cereal. Fresco. Um pouco de ameixas e um pouco amendoado. Cravo sutil. Nenhuma fumaça. A adição de um pouco de água o deixa mais suave, mais doce, evidencia mais os cereais. Maçã e chocolate agora dão o tom. Aromas de frutas cítricas aparecem. O amadeirado e a baunilha também se fazem presentes e, desta vez, aparece uma nota mentolada. Mais uma vez nada de fumaça e nada de álcool. Acrescentando uma pedra de gelo, a impressão que tive no olfato foi a de um chá gelado. Cereais e baunilha roubam a cena, dividindo o espaço com um pouco de chocolate ao leite. Outros aromas se fecham quase que completamente.
Paladar: baunilha, cereais, uma certa picância, bastante presença dos whiskies de grãos, finalização quente e picante. Notas frutadas, algo de maçã e um finalzinho de chocolate. O álcool também não se mostrou muito presente. Na segunda vez que experimentei já aparece um fundinho de malte na finalização. Com um pouco de água ficou sedoso, doce, baunilha, amadeirado e frutado. A picância sentida desde o início agora ficou mais na finalização. As notas dos whiskies de grãos diminuíram, dando um pouco mais de destaque para o malte. Especiarias dão um tom condimentado. A adição de uma pedra de gelo confirma o sentido no aroma, um “chá” gelado alcoólico. Evidencia agora um herbal, algo mentolado, como folhas de hortelã. Cereais, baunilha, chocolate e um amadeirado sutil também estão presentes. Desta vez a sensação de picância diminuiu consideravelmente, quase que sumiu, ficando um resquício apenas na finalização.


Depois de algum tempo voltei a experimentar este whisky que, junto com seu irmão mais velho, foi por onde comecei a trilhar o caminho desta espetacular bebida. Um dos whiskies mais vendidos no mundo e campeão de vendas também aqui no Brasil, onde seu preço é bastante competitivo, o que o deixa como sendo um excelente custo x benefício.

Whisky doce, onde predominam as notas de baunilha e chocolate, além de um frutado característico dos maltes de Speyside. Os whiskies de grãos são notados claramente, mas isto é uma marca registrada dos whiskies standards menos envelhecidos.

Para mim, ficou melhor equilibrado acrescentando apenas um pouco de água. O gelo mascara muito seus aromas e sabores, mas cai muito bem se ele for bebido em uma balada, pois o gelo o deixou bem refrescante, com as características citadas de chá gelado. Aliás, a própria marca aconselha que ele deve ser bebido em drinks, com bastante gelo. É uma alternativa para ser experimentado para aqueles que não gostarem de apreciá-lo puro.

Chegou a ser citado por várias vezes por Jim Murray em sua Whisky Bible como o melhor do mundo em sua categoria. Lobby? Deixo esta pergunta no ar e a resposta é com vocês, leitores.

Deixando estas questões e intrigas de lado, é um whisky de qualidade a um preço competitivo na sua categoria e muito fácil de ser encontrado, presente em quase todas as prateleiras de supermercado.




Ballantine's Finest

Blend Teor Alc 40%


Um blend doce, de textura macia, com notas de chocolate, baunilha e maçã, provenientes dos maltes de Speyside.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Glenmorangie Spios Private Edition Nº 9

O Dr. Bill Lumsden, diretor de destilação e criação de whisky da Glenmorangie, gosta de experimentar. Alguns dos lançamentos da linha Private Edition da destilaria, lançamentos anuais onde são mostradas suas experiências nos últimos 20 anos, foram bem sucedidos e baseados em uma ideia simples. O mais recente é definitivamente um desses: o que acontece se usar barris que costumava maturar whisky de centeio americano para maturar o Glenmorangie Original? A resposta: Glenmorangie Spios Private Edition No.9.


Fazendo Glenmorangie Spios

Bill Lumsden foi apresentado pela primeira vez ao whisky de centeio no final da década de 1990 pelo lendário escritor de whisky Michael Jackson. Ele era bem conhecido por defender bebidas menos conhecidas e era um grande defensor do centeio. Na época, o centeio não era popular e os níveis de produção eram incrivelmente baixos. Então, não havia muitos barris, o que custou a Bill mais de uma década para gerar alguns e experimentar. Eventualmente, ele adquiriu muitos barris de centeio pesado e de primeiro uso. Começou então o processo de produção do Spios.

Comparado com os complexos vattings e acabamentos que muitas vezes aparecem na série Private Edition, o Spios é simples. É o espírito de Glenmorangie totalmente amadurecido em barris ex-centeio. Não é divulgado oficialmente, mas o tempo de maturação gira em torno de 10 anos, a mesma idade que o clássico Original de 10 anos.

Glenmorangie Spios Private Edition Nº 9

Nariz: ervas e caramelo, cravo, hortelã e folhas verdes picantes. Laranja com cravo mergulhadas em creme de baunilha e molho de caramelo. Notas de banana se desenvolvem, misturadas com menta fresca e anis estrelado. Com o tempo, peras perfumadas e notas florais aparecem.
Paladar: especiarias como cravo e canela. Ameixas e maçãs cozidas juntamente com hortelã e estragão. Notas de anis aquecidos, juntamente com doces de café cremoso.

Acabamento: cravo, canela, anis e hortelã flutuando em uma piscina de creme e café.


Fonte: blog.thewhiskyexchange.com