Whisky

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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Por status, nova classe C consome bebidas mais caras

Este fim de semana estava realizando compras em um supermercado de minha cidade e, como sempre faço, dou uma passada no setor de bebidas para ver alguma novidade. O que pude perceber foi uma invasão de novas marcas e formatos de embalagens para agradar e conquistar os mais variados públicos. Como o que mais chama a minha atenção são os whiskies, notei que a indústria está se adequando aos diversos tipos de consumidor, o que é muito bom.

Hoje encontramos uma diversidade maior de produtos, novas marcas estão nas prateleiras e os produtos antigos precisam inovar para continuar competindo de igual para igual. Prova disso é que encontrei whiskies já bastante conhecidos mas com uma nova "roupagem", com novos formatos e tamanhos de garrafas para atingir um maior número de compradores.


E aí, lembrei de um artigo que havia lido e agora transcrevo para vocês:

Novos consumidores despertam o interesse de marcas como a Pernod Ricard, que lança em junho uma nova embalagem de uísque ao preço de R$ 29,90

A nova classe C não quer só bebida, ela quer status. A entrada no mercado de consumo a partir da renda não se resume apenas ao preço que se pode pagar por um produto. No caso das bebidas, algumas empresas já perceberam a migração da nova classe média para itens de maior valor. Fabricantes de uísque, cervejas especiais, vinhos e espumantes ganharam um consumidor exigente e interessado em novidades. A compra debebidas mais caras é sinal de ascensão, principalmente fora de casa. Se bebida combina com celebração, é em bares, festas e baladas que itens de maior valor agregado demonstram uma mudança de patamar.
Marco Quintarelli, consultor de varejo do Grupo AZO, afirma que o aumento no consumo de bebidas mais caras ou de categoria premium tem muita ligação com os jovens da classe C. E é no momento da diversão que são experimentados e desejados. A partir daí, diz ele, são apresentados a toda a família.
“De maneira geral, a classe C está consumindo produtos mais caros e isso é um reflexo do aumento do poder aquisitivo. O jovem é mais receptivo e atento a tudo isso e acaba sendo o alvo das marcas”.
Renato Meireles, sócio diretor do Instituto Data Popular, corrobora a afirmação de Quintarelli. Para ele, a classe C, por conta do aumento do poder aquisitivo, está se divertindo mais e com mais dinheiro no bolso, quer ter acesso a novas experiências de consumo.
“O consumo de destilados aumentou bastante e o de cervejas premium também. Tanto assim que dentro de comunidades já estão sendo instaladas distribuidoras de bebidas com maior valor agregado”, diz Meireles. O Data Popular ainda não tem dados fechados sobre o aumento de bebidas premium pela classe C.
Diego Bertolini, gerente de Marketing do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) afirma que o mercado de vinhos finos vem crescendo, em detrimento dos vinhos de garrafão.
“São vinhos na faixa dos R$ 15, R$ 20. Marcas como Salton e Almadén, entre outras, passaram a fazer parte da lista de compras do consumidor da classe C, em detrimento dos vinhos de garrafão e dos vinhos granel, que estão na faixa dos R$ 4 a R$ 5 o litro. Não há ainda um corte específico de consumo mas percebemos que já há mais saída do vinho fino engarrafado e a indústria está se aprimorando para dar conta da demanda” afirma ele, destacando que o mesmo caminho tem sido feito no caso dos espumantes nacionais. O consumo passou de 13,2 milhões de litros em 2011 para 15 milhões de litros em 2012. “Isso também tem ligação com o maior consumo de espumantes pela classe C”, garante ele.
De olho nesse mercado, a fabricante de bebidas Pernod Ricard,lança, em junho, uma nova embalagem do uísque Passport, na versão 670ml. A nova embalagem será distribuída no varejo da região Sul do país e em São Paulo, a R$ 29,90.A iniciativa foi tomada pela equipe de marketing local, que acredita que dessa forma o uísque engarrafado terá maior facilidade de compra junto aos consumidores da classe C. O Brasil é o principal mercado de Passport no mundo, com quase um terço de todas as vendas mundiais.

“Sabemos do potencial de consumo da classe C, que cada vez mais exige das marcas produtos de alta qualidade e de maior valor agregado, a um preço acessível. Foi pensando nisso que desenvolvemos a embalagem de Passport no tamanho 670ml. A expectativa é ultrapassar o market share, que hoje é de 17,7% , ampliando nossa distribuição em lojas menores”, diz Patrícia Cardoso, Grouper da marca Passport no Brasil.
Cesar Chacon, diretor comercial da Amazon Beer, cerveja artesanal produzida na Amazônia e que vem ampliando sua distribuição no mercado nacional, também percebe uma maior procura de consumidores da classe C aos produtos da marca.
“Percebemos o crescimento do poder de compra da classe C em nossos produtos. Nossas vendas são em bares e lojas virtuais, ao preço médio de R$ 12”.
Paulo Bettiol, gerente de outra marca de cerveja artesanal, a Dama Bier, de Piracicaba, interior de São Paulo, aposta em novas embalagens para chamar a atenção do consumidor da classe C. A linha de cervejas é vendida em supermercados e acaba de chegar ao mercado carioca. “A classe C responde por 10% do nosso faturamento e a média de preços de nossos produtos varia de R$ 9 até R$ 12”, diz.
Apesar de toda a força de consumo, o professor Silvio Passarelli, diretor do programa de Gestão do Luxo da FAAP, diz que, mesmo com nova classe média tendo renda pessoal disponível para produtos mais caros, é preciso que esse movimento seja sustentável.
“Estamos ensaiando os passos de uma mudança de estrutura na renda. A bolha de demanda é um fator conjuntural e não estrutural e os objetos de desejo ainda seguem essa demanda”, alerta.


Fonte: ig

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Garrafa de Johnnie Walker 1805 será leiloada a partir de R$ 60 mil

Leilão da bebida será feito pela internet na segunda-feira (30)

O site Superbid vai leiloar uma garrata de Johnnie Walker 1805, parte de uma edição limitada em comemoração ao bicentenário de nascimento do fundador da marca, lançada há dez anos.
Johnnie Walker 1805: lances a partir de R$ 60 mil
Apenas 200 garrafas foram produzidas e distribuídas a colecionadores selecionados pela marca.
De acordo com o Superbid, estima-se que quatro unidades foram trazidas para o Brasil. Uma delas será vendida pela internet na próxima segunda-feira (30), com lance inicial de R$ 60 mil.
O Johnnie Walker Blue Label série 1805 é composto por maltes envelhecidos entre 45 e 70 anos em barris de carvalho feitos à mão na Escócia.
A garrafa é decorada com o busto em ouro de Sir John Walker e acompanha um estojo de radica em estilo escrivaninha de viagem do século XIX, com chave e réplicas da caneta de pena e da caderneta utilizadas por ele para registrar a fórmula da bebida.
No mesmo leilão, também serão vendidos 70 lotes, de whiskies raros até os de produção corrente. Entre raridades de diferentes nacionalidades, será leiloado o J&B Ultima, um scotch dos mais complexos, com 128 tipos de malte e grãos diferenciados.
Quem tiver dinheiro sobrando e quiser participar do leilão, pode saber mais acessando o site da casa que irá realizá-lo: www.dedaloleiloes.com. E boa sorte.


Fonte: ig

terça-feira, 24 de junho de 2014

Desvendando Nº 5: William Lawson's Finest

Olá pessoal. Como além de whisky também sou apaixonado por futebol, não pude deixar de curtir os jogos da copa estes dias, o dia inteiro. Mas agora que diminuiu os horários de jogo, encontrei um tempinho para postar mais um review. Desta vez um blended standard com bom custo benefício.


William Lawson, mercador de whisky escocês de Dundee  criou no fim do século XIX o “Lawson’s Liqueur Whisky” para a empresa em que trabalhava, a E & J Burke, de Dublin. Ele mesmo registrou a marca, pois era o gerente de exportações da companhia. Após se tornar um dos diretores, foi demitido pela empresa em 1903, que, no entanto, continuou a divulgar o nome Lawson. Por volta de 1923, a empresa mudou de Dublin para Liverpool, e as exportações de suas marcas de whisky cresceram. Grande parte das vendas era para os Estados Unidos, passando pelas Bahamas, quando da lei seca americana.

A destilaria da casa é a Macduff, construída em 1960 por um consórcio de blenders no nordeste da Escócia e depois vendida para a Martini. A marca foi comprada pela Martini & Rossi em 1963, que agrupou todos os seus negócios de whisky sob o nome William Lawson Distilleries. Foi nessa época que o nome da marca mudou de Lawson’s para William Lawson. O grupo tornou-se parte da Bacardi em 1995.


O whisky Lawson’s é administrado juntamente com seu grande irmão, o Dewar’s, e, embora praticamente invisível no Reino Unido, vende mais de 1 milhão de unidades por ano na França, na Bélgica, na Espanha e América do Sul.

O malte Glen Deveron produzido pela destilaria Macduff é um componente de peso do blend. A Macduff emprega nele a maior porcentagem de madeira de xerez entre os whiskies do grupo Dewar’s, e isso contribui para um sabor completo e uma cor dourada e rica. Nos últimos anos, a expressão padrão, William Lawson’s Finest, se equiparou a outros blends padrão. A bebida tem um preço competitivo.


O que pude perceber:
Aroma: logo que abri a garrafa o aroma tomou conta do ambiente. Aroma forte, no sentido de intenso, e agradável. Bastante floral, doce e suave. Bem prazeroso. Quando se adiciona água, não notei mudança significativa. Quando experimentei após adicionar uma pedra de gelo, o aroma que predominou foi o de maçã fresca.
Sabor: Pude confirmar no paladar o sabor da maçã. Bem suave, gostoso. Com água, acentua um pouco mais este sabor, porém com gelo, notei que o sabor da maçã ficou mais para aquela maçã caramelada, crocante. Interessante esta mudança. O final é curto.

É um whisky leve, bem cheiroso. Na minha opinião, devido à mudança no sabor, o que deixou mais agradável e saboroso, aconselho beber com uma pedra de gelo. Whisky que agradaria as mulheres por ser bem suave e doce e lembrar “maçã do amor”. Tem um ótimo custo benefício, já que não é um whisky caro. Encontra-se nas lojas virtuais a aproximadamente R$ 56,00. Comprei minha garrafa no Carrefour a R$ 49,90. 


William Lawson’s Finest Blended 40% (80°)

Cor Dourado claro

Nariz Nariz complexo, com grãos, maçãs condimentadas e baunilha. Levemente seco, com notas delicadas de carvalho.


Paladar Os grãos suaves do nariz aparecem na boca com notas picantes e adocicadas de mel. O palato é bem equilibrado, com toques de um sabor crocante de balas de maçã. Um whisky de moderado a completamente encorpado.


Saúde.






Fontes: whisky de a a y, o livro do whisky

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Malte

O malte whisky, ou simplesmente malte, é produzido apenas com cereais maltados (na Escócia, sempre a cevada) em alambiques tradicionais de cobre. Um single malt é um whisky proveniente de uma única destilaria.

Os single malts são responsáveis pelo recente interesse mundial por whiskies e estão ganhando cada vez mais espaço entre jovens de ambos os sexos em mercados maduros como a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e o Japão, onde a tendência crescente é beber menos e saborear mais. As características que fazem essa bebida ser considerada difícil (a complexidade e a unicidade) são precisamente o que interessa a esse novo público.

Quando as pequenas destilarias escocesas começaram sua fabricação no século XV, o malte whisky era o único tipo disponível, e era quase todo consumido localmente. Era o whisky escocês original. Este whisky era muito diferente do malte que conhecemos hoje. A bebida não era maturada em barris de carvalho e sim tomada quase quente, diretamente do alambique. A bebida então ganhou fama e sua produção foi ampliada. Pequenos barris eram transportados ilegalmente no lombo de burros, por estradas secretas, para cidades vizinhas.

Porém, em meados do século XIX, tornou-se mais comum vender os blends (ainda iremos falar sobre eles). A invenção do destilador contínuo no século XIX gerou transformações importantes no whisky. Tal fato levou ao desenvolvimento do blended whisky que acabou virando sucesso internacional e quase ofuscou a categoria do whisky single malt, do qual praticamente não se falava mais. Somente em 1963, quando a William Grant & Sons decidiu promover separadamente o Glenfiddich, seu single malt, o interesse em whiskies não misturados foi despertado. Desde então, essa fatia do mercado cresceu vertiginosamente. Hoje podemos encontrá-los feitos em diversas partes do mundo, incluindo quase cada uma das cerca de 90 destilarias de malte em atividade na Escócia. Porém, vale ressaltar que os single malts representam apenas 9% das vendas mundiais.


A produção do destilado mudou pouco nos anos seguintes, e os single malts ainda são fabricados em destilarias pequenas e com as técnicas tradicionais, aperfeiçoadas com o tempo. O whisky não é mais consumido diretamente do alambique, agora passa por anos de um cuidadoso processo de maturação em tonéis de carvalho, para ser curtido e adquirir a cor e os sabores da madeira.

Por lei, um single malt deve vir apenas de uma única destilaria e, para proteger a categoria, a indústria do whisky escocês tornou ilegal o uso de termos que possam causar enganos, como “Puro Malt”. Hoje em dia, qualquer “vatting” de maltes de destilarias diferentes deve ser chamado de blended malt. Notem bem a diferença: destilarias diferentes, “blended malt”, mesma destilaria, “single malt”. Isto porque a mistura de maltes diferentes de uma mesma destilaria continua sendo um single malt.

Toda essa polêmica envolvendo denominações demonstra a seriedade e o cuidado que a indústria escocesa de whisky toma para manter a bebida na mais alta qualidade e credibilidade. E no caso do single malt, há uma história emblemática, conhecida como “Caso Cardhu”.


Em 2002, a Diageo percebeu que as vendas de sua marca Cardhu, single malt, em países como França, Espanha e Grécia cresceram tanto que não haveria estoque suficiente para atender toda a demanda e ainda, atender a contribuição do Cardhu na composição do blended Johnnie Walker. Diante disso, a Diageo resolveu misturar Cardhu com outros single malts e trocar as palavras no rótulo de Cardhu de “Single Malt” para “Pure Malt”, criando com isso o que se chama de “Vatted”, porém escrito no rótulo como “Pure Malt”.


William Grant, da destilaria do Glenfiddich, declarou que a mudança afetaria a integridade e autenticidade da indústria do single malt. O chefe executivo da Diageo se recusou a mudar as decisões já tomadas.

Outras destilarias através da SWA (Scotch Whisky Association) informaram à Diageo sobre a decepção da decisão e foi solicitado que a Comissão Europeia investigasse o caso.

Em uma árdua reunião a Diageo informou à SWA que mudaria a cor do rótulo do Cardhu para verde, para ressaltar a mudança de Single Malt para Vatted Malt. A SWA aceitou, mas algumas destilarias ainda reclamaram da aceitação. A Diageo informou que continuaria com a mudança porque entendia que a indústria deveria inovar.


Após muita discussão, em 2004, a Diageo retirou todas as mudanças feitas com Cardhu e reconheceu que julgou mal todo o caso.

Agora, quando você abrir sua garrafa de whisky, saberá que além de todo o processo criterioso da destilaria há também toda uma legislação assegurando a qualidade do produto. E a cobrança das próprias destilarias.


Boas doses.

Leitura relacionada: Os diferentes tipos de whisky


Fontes: whisky, o livro do whisky, whisky de a a y, abcw.com.br

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Desvendando Nº 4: Hankey Bannister Original

Da mesma forma que Hankey Bannister Regency 12 anos, o Original é um whisky que chegou a pouco no mercado brasileiro. Depois de experimentar a versão premium, chegou a hora de falar da versão que é o carro-chefe da Hankey & Bannister,  cuja história já foi contada em outro post. Quem quiser relembrar, basta clicar aqui.


É um whisky preparado com Scotch whiskies destilados em algumas das melhores destilarias da Escócia, entre elas Balblair, Knockdhu, Balmenach, Pulteney e Speyburn.

Prêmios recentes 
O whisky escocês "blended" Hankey Bannister agrada ao paladar da realeza britânica há muitas gerações e recebeu o distinto Selo Real britânico do rei George V. Arrematou 28 medalhas e prêmios nos últimos anos.

Hankey Bannister Original

2012 International Wine and Spirits Competition - Prata Excelência
2012 International Spirits Challenge – Prata
2011 International Wine and Spirits Competition - Prata
2011 International Spirits Challenge – Prata
2011 San Francisco Wine and Spirits Challenge - Prata
2010 Beverage Testing Institute – Ouro e Melhor Produto
2010 International Wine and Spirits Competition – Prata
2010 International Spirits Challenge - Bronze
2009 Monde Selection - Prêmio Grand Gold de Qualidade


O que pude perceber:
Aroma: na primeira vez que experimentei, senti um pouco de frutado, aroma doce, suave. Bem prazeroso. Quando se adiciona água, não notei mudança significativa. Quando experimentei após adicionar uma pedra de gelo, a primeira coisa que veio à mente foi um leve aroma de couro, um pouco de uva passa, ficando ainda mais agradável.
Sabor: Senti um pouco do sabor de caramelo, um pouco do cítrico das frutas cítricas e um pouco de mel. Há uma sensação de dormência na língua, mas pouco. É suave, delicado, mas ao mesmo tempo é quente. Quando se adiciona água, some a sensação de dormência na língua, fica mais suave, porém não tão saboroso. Na minha opinião já é um whisky suave e a água faz sumir seu sabor. Acrescentando uma pedra de gelo, fica mais fresco e mais suave. Tem um final médio.

É um whisky leve, equilibrado, bem cheiroso e saboroso, para se beber puro ou com uma pedra de gelo. Em comparação com seu irmão mais velho, o Regency 12 anos, acho que se saiu melhor, proporcionando um excelente custo benefício. Como já mencionei, está aparecendo nos grandes supermercados e em lojas virtuais girando na casa dos R$ 76,00. Felizmente, como um bom garimpador, comprei este na mesma promoção do Regency, num atacadista da região, por R$ 39,90.

 
Hankey Bannister Original

Aroma
Um aroma suave, com sabor acentuado, que proporciona profundidade extra.

Cor
Caramelo leitoso com tom dourado.

Sabor
Um blend leve, sutil, limpo, doce e picante com toques de mel e final duradouro e agradável.

Saúde.

Post relacionado: Hankey Bannister Regency 12 anos



Fonte: hankeybannister.com

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Jack Daniel’s Nº 27 Gold Tennessee Whiskey

Se você gosta de Jack Daniel’s e também gosta de viajar, pode arrumar as malas e dar um pulinho ali na China, ou então ali na Austrália e adquirir sua garrafa do mais novo lançamento da Brown-Forman.
Trata-se do Jack Daniel’s Nº 27 Gold Tennessee Whiskey. Uma expressão rica, primorosamente refinada e distintamente acabada do original Old Nº 7 Tennessee Wiskey.
Trabalhado com os mesmos padrões inflexíveis do Jack Daniel’s Old Nº 7, o Nº 27 Gold ganha seu nome da dupla filtragem em carvão de maple e do duplo amadurecimento.
Além do barril de carvalho ele é extra-amadurecido em barricas de bordo dourado de maple e duplamente filtrado em carvão, deixando-o luxuoso e extremamente suave. O tempo e atenção necessários para criar este espírito ultra suave significa que o Nº 27 só será lançado em um número limitado de lugares.
Por enquanto, só está disponível em algumas lojas Duty Free dos aeroportos em toda a Ásia e Pacífico sul.
Philippe Boyer, CEO Nuance Austrália, disse: “Nós sabemos que Jack Daniel Nº 27 Gold será particularmente atraente para determinados segmentos de clientes, incluindo a nossa crescente base de clientes asiáticos e chineses”.
"Porque ele está atualmente disponível apenas em isenção de impostos na região, temos uma grande oportunidade de oferecer um serviço diferenciado e especial para todo o nosso whiskey premium e clientes de Bourbon nos aeroportos, antes do seu lançamento no mercado nacional."
Jack Daniel Nº 27 Gold é o primeiro item exclusivo de viagem da marca desde o Sinatra Select, lançado para comemorar o período de preparação para o centenário do nascimento do lendário cantor Frank Sinatra.

A garrafa de 700 ml vem em uma embalagem elegante que imita ouro. O líquido é ouro brilhante na cor e no nariz tem-se um aroma de maple, mel e frutas. Cremoso e viscoso no paladar há uma pitada de carvalho tostado, baunilha, notas de bordo e um pouco de tempero que leva a um acabamento suave e um aquecimento com toque de doçura.



Fontes: jackdaniels.com, gourmantic.com

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Uísques ingleses tentam retomar tradições perdidas para os escoceses

"Podemos ser mais experimentais porque somos novos. Presumem que é preciso ir para a Escócia para aprender a fazer uísque. Bobagem", diz David Fitt, mestre destilador da English Whisky Company, de Norfolk

Tom Jamieson/The New York Times
O mestre destilador David Fitt inspeciona fábrica da English Whisky Company, em Roudham
Feito com cevada de agricultura familiar e com água de um poço artesiano, o uísque single malt com leve sabor de nozes produzido por uma pequena destilaria pode custar mais do que produtos similares de Glenmorangie ou de Glenlivet. Envelhecido por pelo menos três anos em barris de bourbon, ele é distribuído mundo afora, para China, EUA, Rússia e Suécia. Mas o uísque não é escocês, e sim inglês.
Sediada em um campo exuberante a aproximadamente 480 quilômetros da fronteira com a Escócia, a English Whisky Company, em Norfolk, é parte do ressurgimento das destilarias locais que estão recuperando – e reinventando – a tradição que foi perdida há mais de cem anos.
Estimulado pelo surgimento de pequenos produtores de alimentos e de bebidas, o renascimento cresceu lentamente, porém, continuamente, desde que as primeiras garrafas foram à venda em 2009. Existem hoje pelo menos quatro destilarias de uísque inglês em operação, e o interesse está aumentando.
"Há rumores de que exista uma em cada município", observa Andrew Nelstrop, diretor executivo da English Whisky Company. "A cada duas semanas, alguém me liga dizendo que está pensando em abrir uma destilaria e perguntando se pode visitar a nossa." Tão grande é o interesse que cerca de 40 mil pessoas anualmente vão ao centro de visitantes da região. Esse turismo é um negócio lucrativo em si, segundo Nelstrop.
Nos padrões escoceses, a indústria do uísque inglês é pequena. No ano passado, a English Whisky Co. vendeu cerca de 60 mil garrafas de uísque. As destilarias escocesas – e existem mais de cem delas – exportaram 2,13 bilhões de garrafas e venderam mais 87,5 milhões de garrafas na Grã-Bretanha.
Mas a English Whisky Co. informa que está tendo um pequeno impulso do movimento escocês pela independência, uma questão que entrará em votação em setembro. "Existe um leve orgulho íntimo em nossa nação. Se a Escócia decidir pela independência, veremos esse orgulho crescer", explica Nelstrop. 
"Quanto mais agitação de bandeiras houver, mais esse é o caso", ele acrescentou, referindo-se à campanha do plebiscito em andamento na Escócia. Segundo ele, a votação iminente só pode ajudar a fomentar a procura pelo uísque inglês.
Tom Jamieson/The New York Times
Uma garrafa do The Founders Cellar
Até hoje, existem poucos sinais de animosidade do consumidor em relação aos produtos escoceses na Inglaterra, e a indústria do uísque escocês está tão bem estabelecida globalmente que é improvável que perca sua participação significativa por causa de uma questão política. Mas o sucesso da English Whisky Co. indica que, se os escoceses votarem pela independência, pode haver potencial comercial em relação à promoção inglesa de uma série de produtos culinários para concorrer com os que vêm da Escócia.
Embora a Inglaterra nunca tenha tido a mesma tradição de produção de uísque que a Escócia, havia aqui quatro destilarias de grãos no final do século 19. Em um livro publicado em 1887, "The Whisky Distilleries of the United Kingdom" ("As Destilarias de Uísque do Reino Unido", em tradução livre, não publicado no Brasil), Alfred Barnard apontou que a Destilaria Bristol, com sua produção anual de 2,4 milhões de litros, chegava a enviar aguardente à Escócia e à Irlanda para produção de uísque.
Porém, por volta do final da década de 1880, a Escócia havia se tornado a pioneira do uísque blended – uma mistura de uísques leves de grãos e uísques com malte aromatizado que era destinado ao gosto geral, segundo Charles MacLean, especialista e historiador do uísque.
MacLean explica que isso se tornou muito popular na Inglaterra na década seguinte, ajudando a derrubar as poucas destilarias de uísque inglês. A Destilaria Lea Valley em Londres, geralmente tida como a última na Inglaterra, fechou as portas por volta de 1903.
Mais de um século depois, a destilaria de Norfolk enfatiza o caráter inglês de seu produto, embora a palavra "Scotch" permaneça sendo o nome popular para o uísque (e a ortografia mais comum é "whisky", embora "whiskey" seja a mais usada para as versões americanas e irlandesas). Adornada no rótulo de cada garrafa, temos uma imagem do santo padroeiro da Inglaterra, São Jorge, matando o dragão.
A destilaria produz dois tipos principais de uísque single malt, um turfado e o outro não. Ela também produz um single malt especificamente para o varejista britânico Marks & Spencer, descrito em notas de prova como "fresco e perfumado, doce, suave e levemente picante". Fortalecendo a sua criação da marca inglesa, lançou produtos especiais como uma edição limitada de 1.850 garrafas em comemoração aos 60 anos da coroação da Rainha Elizabeth II em 2013.
Tom Jamieson/The New York Times
David Fitt
Há tempos, a ideia de produzir uísque tinha sido um sonho do pai de Nelstrop, James, um fazendeiro. "Ele dizia que era 'era loucura a cevada ter de ir para a Escócia para voltar como algo útil'." Dado o número de nações produtoras de uísque, o estranho é que a Inglaterra não esteja entre elas, completa o diretor.
Um ingrediente principal é a cevada, que cresce nessa região e é fornecida à English Whisky Co. por uma fazenda administrada pelos primos de Nelstrop, a aproximadamente 129 quilômetros de distância. A outra principal exigência é a água, que é abastecida abundantemente através de um poço artesiano.
Como uma destilaria relativamente nova, a English Whisky Co. não está tentando bater de frente com os atores estabelecidos da Escócia, alguns dos quais vendem uísques que são envelhecidos durante décadas. Ela abriu em 2006 e começou a comercializar em 2009. Na Cornualha, a cervejaria St. Austell e a Healey's Cornish Cyder Farm produziram um uísque maltado em 2003, embora a bebida não tenha sido comercializada até 2011, quando tinha passado pelo processo de envelhecimento.
Mas David Fitt, o principal destilador da English Whisky Co., que começou a sua carreira como fabricante de cerveja, afirma que, como uma empresa pequena e particular, ela tem a liberdade de inovar com diferentes métodos. Embora a maioria do uísque seja envelhecido nos barris de bourbon, ele às vezes usa os de vinho – porto ou xerez. "Podemos ser mais experimentais porque somos novos. Não tínhamos nada a perder porque não temos 200 anos de tradição, não havia tradição por aqui. Todos presumem que é preciso ir à Escócia para aprender a fazer uísque. Bobagem."
A Associação Escocesa do Uísque, que representa o setor na Escócia, afirma receber com prazer as novas destilarias em todas as partes do mundo porque essas aumentam o interesse no produto. "Isso está atraindo novos consumidores para a categoria", explica David Williamson, o porta-voz da associação. "Se novos consumidores estão experimentando uísques diferentes independentemente de onde eles sejam produzidos, isso só pode ser algo positivo para a indústria do uísque escocês."
Williamson diz que o uísque escocês é "indubitavelmente o melhor do mundo". Porém, reconhece que ainda precisa experimentar a versão inglesa. Marks & Spencer, que vende o produto da English Whisky Co. por 35 libras esterlinas, ou cerca de R$ 133, por uma garrafa de 700 ml, afirma que ele está "atualmente vendendo mais que o uísque irlandês premium e tanto quanto o uísque maltado escocês bem estabelecido que vendemos por preço equivalente".
"A destilaria de uísque inglês de Nelstrop é um exemplo maravilhoso de um produtor moderno de bebida alcoólica artesanal", conta Emma Dawson, compradora das bebidas da Marks & Spencer. "Não é uma cópia do uísque escocês; ele fica em uma classe própria. Só colocamos um uísque inglês em nossas prateleiras se sentirmos que ele atinge os nossos altos padrões de qualidade, e isso certamente foi mais que as minhas expectativas."
Nelstrop revela que o 10º aniversário da destilaria em 2016 trará uma nova oportunidade, possibilitando que ele venda um uísque de 10 anos e crie um marco importante. Ele planeja uma reconstrução da marca, colocando menos ênfase no espírito inglês do produto e mais em sua qualidade: "É fácil vender a primeira garrafa. Mas só compram a segunda se gostarem do sabor".


Por The New York Times | Stephen Castle 

Destilarias

O whisky é feito pela condensação dos vapores de álcool que escapam mediante o aquecimento de um mosto fermentado. Como o ponto de ebulição do álcool é menor que o da água presente no mosto, o álcool evapora, dando-se assim a separação da água e o álcool. O vapor que escapa da mistura aquecida é capturado por uma serpentina refrigerada que o devolve ao estado líquido. Mas, onde tudo isto é feito?

Vamos conhecer agora onde funciona todo o processo de produção do whisky. Toda esta magia pode ser revelada nas destilarias da Escócia, a maioria das quais é aberta à visitação. Mas, engana-se quem acha que toda destilaria é igual. Nenhuma destilaria é igual à outra. Algumas são muito antigas, outras, possuem uma arquitetura moderna. A construção e a disposição de cada uma dependem muito do local escolhido, do espaço disponível e, talvez o mais importante dos requisitos, dependem de uma fonte de água por perto.

Vejamos a composição básica de uma destilaria:

ESTOQUE DE CEVADA MALTADA
Toneladas de cevada maltada, trazidas diretamente dos terreiros de maltagem ou entregues pelos produtores comerciais, são armazenadas em grandes silos. É aqui que começa a produção do whisky.

MOENDA
O primeiro passo na produção de whisky em todas as destilarias escocesas é a conversão da cevada, hoje em dia fornecida por fabricantes de malte comerciais, em farelo com o auxílio de moendas de quatro rodas.

ESTEIRAS
Na maioria das destilarias, esteiras rolantes conduzem o farelo ao tonel de maceração.

TONEL DE MACERAÇÃO
Ao chegar ao tonel de maceração, o farelo é misturado com água. Pequenos tanques são equipados com pás que revolvem a mistura e ajudam a extrair os açúcares.

DORNA DE FERMENTAÇÃO
Os açúcares do mosto fermentado são convertidos em álcool com a ajuda da levedura. As dornas de fermentação são tradicionalmente feitas de madeira, mas hoje também podem ser encontradas em aço inoxidável.

ALAMBIQUES
Os alambiques de cobre são o coração de uma destilaria. Ao ser aquecido, o álcool e os aromas são separados dos compostos indesejáveis.

CONDENSADORES
O destilado escapa do alambique em forma de vapor. Resfriados com água, estes grandes condensadores modernos (do tipo casco e tubo) reduzem a temperatura do vapor para que ele retorne ao estado líquido.

TANQUES DE CONDENSAÇÃO
Tradicionalmente, os tanques de condensação também agem como condensadores para esfriar o vapor saído dos alambiques. Uma serpentina de cobre imersa em água fria guia o vapor, que esfria até retornar ao estado líquido. Os tanques de condensação e os condensadores modernos do tipo casco e tubo são usados em toda a indústria. Debate-se frequentemente qual dos sistemas é melhor, mas as destilarias têm usado ambos os tipos há muitos anos.

COFRE DOS ESPÍRITOS
É aqui que se faz o corte do destilado, separando o coração da cabeça e da cauda. O cofre é trancado a cadeado para garantir o controle do departamento de Alfândega e Impostos sobre Bebidas.

COLETOR DE ESPÍRITO
Todo o destilado fresco é recolhido num coletor de espírito. Feitas de madeira ou de aço, essas cubas podem receber centenas de milhares de litros de destilado recém-produzido. Depois de diluído em água até a concentração alcoólica requerida, o destilado é transferido para os barris de maturação.

BARRIS
Os barris de madeira onde o whisky amadurece são, geralmente, barricas de xerez espanhol ou tonéis de bourbon americano. Eles são enchidos com o destilado fresco, que amadurece então por um período mínimo legal de três anos antes de poder ser chamado de whisky.

Mais adiante conheceremos as destilarias mais importantes da Escócia e também de outros países produtores de whisky. Aguardem e boas doses.



Fonte: whisky, wikipedia