Whisky

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Você sabe como servir whisky?

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A bebida de origem escocesa, cujo nome significa “água da vida” tem mais de quatro mil anos de idade. O whisky era usado inicialmente pelos monges para tratar doenças, e hoje em dia é uma das bebidas mais vendidas ao redor do mundo. Como seus admiradores bem sabem, existem algumas coisas que devem ser levadas em consideração na hora de desfrutar do destilado.

As dicas para servir whisky podem variar de acordo com o país e a região. Sobre como servir whisky, inclusive, há todo um ritual. Normalmente, ele deve ser servido em copos mais baixos e largos. E há uma explicação para isso, o whisky não é simplesmente para ser bebido, ele passa por um processo de contemplação. Deve-se cheirá-lo para sentir todo o seu aroma.

Embora a expressão “Whisky Cowboy” seja popular por aqui, ela não é a que melhor descreve a forma como nós brasileiros ingerimos essa bebida. Isso porque o whisky cowboy é servido puro e nós não dispensamos algumas pedrinhas de gelo para refrescar.

Por aqui, o clima tropical e o calor avassalador tornam impossível consumir uma bebida que não seja gelada, que refresque e garanta todo o seu prazer. E justamente por isso que as máquinas de gelo se tornaram parceiras inseparáveis de hotéis, bares e restaurantes, para garantir que hóspedes e clientes desfrutem da melhor maneira possível de seus drinks. Ainda mais no verão, quando os termômetros batem a casa dos 30ºC e elas se tornam totalmente indispensáveis.

Felizmente, hoje, o mercado já dispõe das máquinas de gelo com a qualidade Thermomatic. Com design moderno, são compactas e enfrentam qualquer desafio. Seja na cidade, seja no campo, ou seja na praia, onde se destacam também pelo seu primoroso gabinete em aço inox.

O que também impressiona na máquina de gelo Thermomatic é a facilidade de operação, pois basta apertar um botão e em instantes se obtém gelo em cubos. A eficiência na produção de gelo, aliada a uma operação muito simples, tornam o investimento em um equipamento deste porte altamente compensatório. Quer saber mais sobre as máquinas de gelo? Clique aqui


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Desvendando Nº 96: Bowmore Darkest



Continuando a falar sobre a família Bowmore, mais um excelente exemplar para ser apreciado. Como eu havia colocado no último post, para não ficar repetitivo, coloco novamente aqui os links dos outros reviews da Bowmore para quem se interessar e quiser conhecer mais a história da destilaria.


O que pude perceber:
Características: cor âmbar escuro, encorpado.
Aroma: frutado, ameixas pretas, sherry, especiarias. Fumaça sutil, sobrepujada pelo sherry. Leve salinidade, como brisa de mar. Caráter seco. Um pouco iodado, tom medicinal. Chocolate e caramelo. Traz ainda uma certa doçura. Com um pouco de água evidencia frutas secas, passas, ameixas. O frutado predomina. Assim como fora experimentado sem água, com água não deixa transparecer nada de álcool. Um pouco de madeira e chocolate ao leite.
Paladar: frutado, suculento, adocicado, uma leve especiaria, deixando um ardidinho na boca. Seco, suave, amadeirado. Finaliza de forma longa, com frutas secas, especiarias, além de uma mistura de doce com salgado, de uma forma bem equilibrada. Com um pouco de água permanece o frutado, com frutas escuras. Aparece o iodado novamente, bem medicinal, finalizando de uma forma um pouco picante, com especiarias, só que agora, com média duração.


Whisky excelente para apreciadores de sherry. Muito bem balanceado, traz um frutado característico do sherry em conjunto com dois sabores contrastantes, mas que se completam: uma doçura de caramelo e chocolate, com um salgado de brisa marítima e iodo, medicinal. Resulta num sabor bastante complexo e interessante.

Maturado em barris de sherry de segundo e terceiro uso, razão para o sabor característico de sherry e a coloração mais escura. É o mais escuro dos Bowmore.

Uma bebida para ser apreciada com calma e aproveitar todas as suas nuances. Quem tiver a oportunidade de comprar este exemplar, compre. Está cada vez mais difícil de se encontrar.




Bowmore Darkest

Single Malt Islay: Teor Alc 43%

Sherry, turfa, madeira e iodo compõe a maior parte do nariz. No palato, notas de turfa esfumaçada, uma doçura frutada escura, com caramelo, vermute vermelho doce, salmoura e iodo. No final, uma longa jornada amarga, dura e resinosa de vermute doce, sherry, turfa, madeira e cinzas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Desvendando Nº 95: Bowmore Surf



Mais um review de um whisky da destilaria Bowmore. Como já falei bastante sobre ela, partiremos diretamente para a análise. Quem quiser saber mais, basta clicar nos links abaixo:


O que pude perceber:
Características: palha claro, médio corpo.
Aroma: fumaça, salinidade, marinho, baunilha, capim-limão, doce, mentolado, carvão vegetal, frutado, ameixas pretas. Nada de álcool é sentido. Se deixar descansar um pouco no copo, aparenta ficar mais sedoso e a fumaça aparece um pouco mais. Com a adição de um pouco de água fica ainda mais suave, diminui um pouco a fumaça, desaparece a salinidade e evidencia um pouco mais o adocicado. Chocolate branco, frutado, abacaxi, maçã, gramíneas secas e continua sem evidência de álcool.
Paladar: amanteigado, frutado, fumaça de turfa, um pouco de cereais, amêndoas, um pequeno toque de especiarias. Finaliza de uma forma longa, quente, com turfa e baunilha. É um pouco seco no palato, de forma que você saliva bastante e pede por mais uma dose. No paladar é um pouco menos salgado e um pouco mais doce do que o sentido no olfato. Com um pouco de água, chocolate, cereais, baunilha e diminui bastante a fumaça. Finaliza de forma um pouco picante, quente, com baunilha e, bem no final, aí sim, a turfa.


Me tornei um fã incondicional da Bowmore. Após experimentar alguns exemplares feitos por esta destilaria posso dizer, sem sombra de dúvidas, que se trata de uma de minhas destilarias favoritas.

A respeito da turfa em seus whiskies, ela foi a responsável por mudar a minha visão sobre este tipo de whisky. Passei a gostar mais dos turfados.

Mas a Bowmore vai além: consegue fazer um whisky turfado onde a turfa não é a protagonista. Dá para perceber claramente outros aromas e sabores que contribuem para dar caráter e complexidade ao whisky.

O Surf é uma versão muito bem feita, muito bem equilibrada, onde suas notas harmonizam muito bem. Tem uma dualidade entre salgado e doce que o deixa bastante interessante. Agradará tanto aqueles que querem partir para um whisky turfado quanto aqueles que já apreciam há tempos este tipo de whisky.

Foi o primeiro whisky que tratei logo de fazer um pequeno estoque porque considerei um excelente custo x benefício e uma bebida para ter sempre na prateleira. Sem idade definida, é encontrado em lojas de Duty Free nos aeroportos ou em lojas na fronteira. 




Bowmore Surf

Single Malt: Islay Teor Alc 43%

Cheio de fumaça quente, carvalho e mel, equilibrado com um toque de limão picante.


sábado, 24 de novembro de 2018

Desvendando Nº 94: Glen Garioch 8 Anos



Glen Garioch é uma das gemas ocultas da Escócia. Ou esquecida. Três séculos de idade e ainda firme, uma conquista e tanto para esta pequena destilaria de Aberdeenshire.

A casa foi fundada por Thomas Simpson em 1798, mas acredita-se que ele já produzisse whisky naquele mesmo lugar desde 1785. Isso a torna a destilaria mais antiga da Escócia. Mas o primeiro engarrafamento como single malt da Glen Garioch ocorreu apenas am 1972. A destilaria sobreviveu por esse longo período graças ao seu prestígio entre os blenders.

Um deles era Williams Sanderson, de Aberdeen, que em 1886 comprou metade da destilaria. Em 1921, seu filho, em parceria com outros investidores, assumiu o controle total dos negócios. Desde então, a Glen Garioch passou por diversas mudanças de proprietários e períodos extensos sem produzir.


Seu nome provèm do Vale do Garioch, o “Celeiro de Aberdeenshire”, onde a melhor cevada escocesa é cultivada e esta é uma das poucas destilarias que ainda faz sua própria maltagem.

Hoje, a destilaria faz parte da Morrison Bowmore, que dá preferência a Bowmore e, mais recentemente, a Auchentoshan. Ela engarrafa a maior parte da produção limitada de single malts da destilaria, com indicações de idade de 8 a 21 anos, maturados em tonéis de carvalho americano de bourbon e tonéis de carvalho europeus de xerez, em armazéns no local.

O emblema na garrafa é um veado das montanhas, visto que rebanhos selvagens habitam em torno dos seis cumes das montanhas próximas.


O que pude perceber:
Características: cor palha claro, médio corpo.
Aroma: malte, cereais, biscoito, baunilha, herbal, palha, seco, chocolate ao leite. Nada de turfa, nada de defumado, um pouco de álcool perceptível. Sem muita complexidade. Um leve frutado de peras ou maçãs maduras. A adição de um pouco de água evidencia o floral e os cereais. Fica um pouco mais maltado também.
Paladar: malte, cereais, madeira, levemente picante, baunilha e chocolate ao leite. Finaliza com mais baunilha e um fundinho floral. Conforme os sentidos vão aguçando, nota-se um leve amargor metalizado, mas nada que prejudique a degustação. Com a água, evidencia um pouco mais o metalizado, a madeira e a baunilha, agora aparecendo um pouco de mel. Continua a sensação de leve picância, algo de especiarias, finalizando de maneira curta, seca, mas novamente floral e com pera madura. Fica uma leve ardência na boca.

Minha concepção é que trata-se de um whisky simples para o dia a dia. Quando se fala em simples, não quer dizer que seja um whisky ruim. Pelo contrário, é um bom whisky. Leve, sem muita presença de álcool. Ideal para chegar do trabalho, servir uma dose e relaxar. Tem um excelente custo x benefício e capacidade de substituir muitos blends 12 anos disponíveis no mercado com certa vantagem. Além disso, é honestíssimo para a sua idade declarada, bem jovem. Presença obrigatória nas prateleiras de quem quer começar a substituir os blends por single malts.




Glen Garioch 8 Anos

Single Malt: Terras Altas Teor Alc 40%

Corpo médio e macio, aroma de folhas e grama. Malt inicial no paladar, amanteigado. Depois nozes, finalizando com gengibre, mel e urze.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Desvendando N° 93: Aberlour 12 Anos Double Cask Matured



James Fleming, proprietário da Dailuaine, fundou a Aberlour em 1879. Em 1898 um incêndio quase a destruiu, mas Charles Doig, que projetou mais de cem destilarias na Escócia e na Irlanda, ajudou a reconstruí-la.

Após vários processos de vendas, em 1975 a Pernod Ricard finalmente adquiriu a Aberlour, que produz o single malt campeão de vendas na França e disponível mundialmente.

No centro de visitantes da Aberlour, existem dois barris, um ex-xerez e outro ex-bourbon, onde os visitantes podem encher diretamente a sua própria garrafa da forma como escolher.


O que pude perceber:
Características: cor âmbar, médio corpo.
Aroma: malte tostado, amadeirado, caramelo suave, pé-de-moleque, frutado, abacaxi. No fundo, há um frutado de frutas secas e um adocicado se mescla com um leve apimentado. Bastante suave e agradável. Chocolate ao leite. Maçã e noz moscada. Com um pouco de água, cereais, malte, mel, passas, uma certa picância, canela, chocolate ao leite, banana e maçã.
Paladar: frutado, frutas cítricas mescladas com frutas secas, apimentado sutil, caramelo, baunilha, malte tostado. Finaliza com um amadeirado, juntamente com pimenta fraca e de forma seca. Finalização média. Com a adição de um pouco de água, chocolate, madeira, malte, caramelo, baunilha, frutas vermelhas secas, canela, finalizando com um apimentado, de forma seca. Continua com uma finalização média.


Whisky bastante agradável e fácil de beber. Sem evidência de álcool. Um belo casamento de dois barris diferentes, ex-bourbon e ex-sherry. Há uma outra expressão, 100% sherry, que para a maioria que o experimenta, considera extremamente picante. Para quem não está acostumado, ou acha o sherry muito acentuado, o Double Cask traz um balanço ideal entre a picância do sherry e o adocicado do bourbon.

No post do Aberlour 10 anos eu havia mencionado que faltava algo para ele. Acho que esta expressão de 12 anos conseguiu chegar no que faltava. Ficou muito bem equilibrado e sem a evidência de álcool que a versão de 10 anos apresentava. Ficou muito bem feito e no ponto em que nenhuma nota se sobressai sobre outra.


O bourbon tirou a picãncia do sherry e o sherry tirou a doçura do bourbon, dando o ponto de equilíbrio.

Muito fácil de beber e prazeroso, irá agradar tanto iniciantes quanto apreciadores veteranos no mundo dos single malts.




Aberlour 12 Anos Double Cask Matured

Single Malt: Speyside Teor Alc 40%

Dourado intenso acobreado. Caramelo suave, malte, chocolate e erva-doce. Suculento, corpo médio, carvalho, amêndoas torradas e caramelo, cobre a boca com sabor. Quente, maduro, mel, finalização com toque de alcaçuz.

sábado, 3 de novembro de 2018

Desvendando Nº 92: Jim Beam Choice



Disponível em mais de 130 países em todo o mundo, Jim Beam não é apenas o Bourbon mais vendido do mundo, é o whiskey americano mais vendido na Europa oriental, o número um de todos os tipos na Alemanha e a bebida alcoólica destilada número um na Austrália, segundo maior mercado mundial de Bourbon. Atualmente a empresa possui três destilarias localizadas nas cidades de Clermont, Boston e Frankfort, todas no estado do Kentucky.

Este Bourbon em particular, apresenta profunda cor de mel, é maduro, foi filtrado em carvão antes de ser engarrafado, o que lhe acrescenta complexidade, profundidade, suavidade e um delicioso sabor esfumaçado. Mais um ano de envelhecimento permitiu que o bourbon assumisse um gosto mais doce, mais cremoso e é ótimo para fazer parte de qualquer cocktail.


O que pude perceber:
Características: âmbar escuro, médio corpo.
Aroma: caramelo doce e baunilha. Mentolado, com um frutado de laranjas. Um pouco floral e amadeirado sutil. A adição de um pouco de água parece deixar o aroma com ainda mais caramelo. Além do amadeirado e da baunilha, agora aparecem biscoitos de maisena. Com uma pedra de gelo, predominam o mentolado, o herbal e a baunilha. O doce do caramelo persiste. Fica um whiskey com uma sensação de refrescância.
Paladar: frutado, baunilha, caramelo, confirma o mentolado sentido no aroma e aparece uma certa picância, bem leve e sutil. O amadeirado está bem presente. Não é tão doce no paladar quanto se faz parecer no aroma. Com um pouco de água, madeira e baunilha é que dão o tom, finalizando com o caramelo. Nada de picância desta vez, a não ser no retro-gosto. Fica um pouco aguado com a adição da água uma vez que não é um whiskey muito encorpado, embora tenha passado esta impressão ao analisar as lágrimas escorrerem durante a observação de suas características. A adição de uma pedra de gelo fez com que o whiskey perdesse um pouco de suas qualidades, amargando um pouco. A picância voltou, mas de forma desequilibrada. O gelo não ajudou, não agradou.

Whiskey que foi concebido e produzido com o mesmo sistema de produção do Jack Daniel's Nº 7, ou seja, com a filtragem a carvão, como os Tenessee Whiskeys.


O nome Choice é originário do que seria o whiskey preferido do Master Distiller da Jim Beam. Mandado escolher o seu preferido dentre os whiskeys do portfólio da marca, ele teria escolhido esta expressão. Daí o nome Choice, escolha em português.

É amadurecido por 5 anos em barris de carvalho americano novos e sua comparação com o Jack Daniel's Nº 7 é inevitável, uma vez que ambos são fabricados utilizando-se o mesmo processo. O Choice é um pouco mais escuro, talvez pelo tempo maior de barrica. São 5 anos, contra 4, em média, do JD. Ambos são parecidos no aroma, com uma leve vantagem para o JD, que é melhor estruturado e as notas se casam melhor. Já no sabor, há um toque de picância que destaca o JB. Colocando água ou gelo, acho que desestrutura tudo.


No final das contas, acho que o velho Jack ganha pelo know how, mas, o JB não deixa de ser interessante, tanto para experimentar um whiskey que utiliza também um processo que ficou famoso, como para fazer, justamente, esta comparação, de quem leva a melhor.




Jim Beam Choice

Tennessee Whiskey Teor Alc: 40%

O Jim Beam Choice é filtrado no estilo dos whiskeys do Tennessee após a maturação e tem uma personalidade macia e sedosa, além de mais notas carameladas que qualquer outra expressão Jim Beam.

sábado, 20 de outubro de 2018

Desvendando Nº 91: Bowmore 12 Anos (old)



No post anterior analisamos o Bowmore 12 anos na versão vendida atualmente. Hoje, iremos analisar a versão mais antiga, produzida na década de 1990. E não é só a garrafa que muda.

O que pude perceber:
Características: âmbar, médio corpo.
Aroma: frutado, frutas vermelhas secas, ameixa, um leve adocicado, algo salgado, fumaça de turfa sutil, cereais, gramíneas, malte, um certo mentolado e uma baunilha bem sutil. Chocolate branco, algumas notas condimentadas, um tempero discreto, uvas passas, amadeirado característico do xerez e nada, absolutamente nada de álcool. A adição de um pouco de água faz com que dê uma equalizada no aroma. Predominam agora os aromas mais adocicados como baunilha, caramelo e cereais. Os condimentos desaparecem e a fumaça fica mais sutil. A característica marcante é a de um whisky adocicado.
Paladar: confirma no paladar o sentido no aroma, com notas frutadas, frutas cítricas, ameixa, malte. Doce e salgado se misturam. Caramelo, amadeirado, condimentado na medida certa e finaliza com a fumaça de turfa característica, com um pouco de especiarias, dando um toque picante suave. Mais uma vez, nada de álcool. Com um pouco de água, baunilha, cereais, surge um certo amadeirado e finaliza com turfa e especiarias. Bem menos notas que anteriormente, quando experimentado puro. A finalização, no entanto, torna-se longa, seu sabor permanece por um bom tempo em boca.

Whisky que, se continuar fazendo o exercício de ir por mais tempo só sentindo os aromas, muita coisa vai aparecendo. No paladar, não há uma explosão de sabores como há ao sentir o aroma, mas é uma bebida bem estruturada, bem balanceada. Talvez por isso as notas no paladar se mostrem bem discretas, uma não se sobressai sobre a outra, a não ser o adocicado e o salgado que se destacam, além da finalização com a turfa.


Whisky simplesmente formidável e que mudou de vez minha visão sobre whiskies turfados. Tanto que comprei mais duas garrafas deste exemplar que me surpreendeu bastante. Excelente whisky para pessoas que, assim como eu, gosta de uma fumaça no whisky mas não de forma exagerada como podemos perceber nos whiskies conhecidamente turfados.

Para quem quer adentrar no mundo da turfa, recomendo plenamente este whisky. Para quem já é acostumado, irá perceber como este whisky é bem estruturado e redondo. Agradável e fácil de beber, tem de se tomar um certo cuidado para não exagerar na dose.

Comparando a versão atual com a antiga dá para dizer que esta versão mais antiga leva uma pequena vantagem. Pode ser que venha do processo de destilação ou dos próprios barris utilizados, o que é mais provável, mas ambos são muito bons. A Bowmore se orgulha de ser uma das destilarias mais antigas da Escócia e por manter o padrão de destilação desde os tempos mais antigos, sempre primando pela qualidade de seus whiskies, de forma que, por esta razão, acredito ser mesmo a qualidade dos barris a responsável pela diferença de sabores entre as duas versões analisadas.

Nunca fui de comprar várias garrafas de um mesmo whisky, dando preferência para a aquisição de garrafas novas e diferentes. Abri uma exceção para a família Bowmore. Vale a pena.




Bowmore 12 Anos

Single Malt: Islay Teor Alc 40%

Aromático e suave, com uma mistura de frutas cítricas e algo defumado no nariz, que se prolonga até a língua, juntamente com um pouco de chocolate preto.