Whisky

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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Royal Salute lança nova edição de 21 anos: Polo Edition


Royal Salute revelou uma nova edição de 21 anos de idade, Polo Edition, com uma mistura mais delicada, projetada para ser apreciada durante o dia e como acompanhamento de ocasiões esportivas sofisticadas como o Polo, um esporte sinônimo de valores de luxo, tradição e prestígio.

Sandy Hyslop, diretor de blends da Royal Salute, desenvolveu a nova mistura de uma combinação de grãos perfumados e maltes frutados envelhecidos por um mínimo de 21 anos. O novo líquido incorpora os valores do Polo como esporte e estilo de vida: força, equilíbrio e finesse. Mais brilhante em textura e com notas de melão maduro e toffee cremoso, esta nova expressão é suave e sofisticada, proporcionando uma experiência de degustação duradoura, perfeita para desfrutar ao sol em entretenimentos ao ar livre.

O novo whisky escocês está alojado em garrafas de porcelana, artesanais, com o tema de Polo distinto, exclusivo para o whisky de edição limitada. O tom azul turquesa foi escolhido para imitar o céu azul e a grama verde do campo de polo tradicional. As garrafas são decoradas com cenas de jogadores de Polo em ação.

O Royal Salute Polo Edition será exibido em um evento de Polo em Cingapura em junho e estará disponível globalmente a partir de setembro a um preço sugerido de USD $ 140.


Fonte: whiskyintelligence.com


domingo, 4 de junho de 2017

World Whisky Day: parte 2


Continuando as comemorações do dia mundial do whisky participei, no último dia 20 de maio, de uma degustação muito bem conduzida pelo Mestre Mauricio Porto, do blog O Cão Engarrafado.


O evento foi realizado no Admiral's Place em São Paulo, bar anexo ao restaurante Sal Gastronomia, do badalado Chef Henrique Fogaça, um dos jurados do programa MasterChef Brasil.


Os rótulos apreciados foram o bourbon Woodford Reserve, o blended japonês Kakubin e os single malts Glenmorangie Quinta Ruban 12 Anos, Glen Deveron 16 Anos e Ardbeg Ten.

Cesar Adames, Mauricio Porto, Alexandre Tito, Michel Texier, Michel Hansen

Além da apresentação teórica sobre princípios de degustação e análise sensorial, produção, leitura de rótulos e curiosidades, as bebidas foram harmonizadas com queijos especiais, chocolates e salmão curado caseiro.

Cesar, Michel, Fabio (Gerente do Admiral's Place), Alexandre


As degustações dirigidas são uma ótima oportunidade para conhecer aromas e sabores, desenvolver novas percepções e aumentar o conhecimento sobre determinada bebida.

Neste evento, tive ainda o privilégio de rever velhos amigos e de conhecer aqueles que, até então, só havia tido contato através das redes sociais. Uma grata satisfação.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Desvendando Nº 55: Monkey Shoulder


O Monkey Shoulder é um whisky escocês triplo malte desenvolvido por David Stewart, o destilador mestre da William Grant. A primeira coisa a ser notada é a garrafa, com formato semelhante àquela bem característica da Balvenie, mas com três macacos subindo um no ombro do outro. O nome vem da lesão temporária que o movimento constante de mexer a cevada durante a maltagem causa no ombro (algo que os funcionários da William Grant ainda fazem).

O Monkey Shoulder foi desenvolvido pela empresa para atingir um público maior com o single malt e também para mostrar que o whisky pode ser ótimo para misturas de drinks.


Os três single malts que compõem o blend são Glenfiddich, Balvenie e Kininvie. Os maltes escolhidos amadurecem em barris de carvalho americano ex-bourbon de primeiro preenchimento, o que garante notas de baunilha suave. Os três maltes de Speyside são então misturados e embarrilados juntos para um casamento de 3 a 6 meses.


O que pude perceber:
Características: cor dourada, de médio corpo para encorpado.
Aroma: doce, frutado, mel e banana. Um pouco de baunilha e também um amadeirado. No fundo dá para sentir algumas notas picantes. Ervas podem ser sentidas bem como um caramelo, alguma coisa de passas, frutas secas, ameixas. Possui ainda um fundinho de chocolate. Nada da presença de álcool. Adicionando um pouco de água evidencia a banana, o chocolate, as ervas e o mel. A baunilha e o caramelo diminuem um pouco. A ameixa e as frutas cristalizadas continuam. O chocolate, que antes era um meio-amargo, agora está mais para ao leite.
Paladar: banana, especiarias, mel, caramelo, frutas cristalizadas, uma certa picância e baunilha, tudo misturado. Uma complexidade de sabores. É preciso ir com calma e desvendando aos poucos. Possui boa finalização, eu diria que média, picante das especiarias, com um pouco de baunilha e caramelo. Tem uma doçura para dar uma quebrada na picância. Estão presentes também, ainda na finalização, o chocolate e a banana. Com um pouco de água, chocolate ao leite, mel, banana e frutas cristalizadas. A madeira influencia um pouco mais agora.


É um whisky oleoso, bem estruturado e complexo. É formado por três single malts da famíla Grant's: Glenfiddich, Balvenie e Kininvie. Já dá para ter uma ideia da qualidade do produto. Infelizmente só é encontrado nas lojas Duty Free nos aeroportos internacionais. O preço é outro atrativo desta bebida, sendo um excelente custo-benefício.

Quem for viajar não pode perder a oportunidade de conhecer um blended malt muito bem feito. Mais uma prova de que, quando feito com cuidado, o sabor é o que importa, e não sua idade. Mas aí já estou entrando na seara polêmica dos whiskies NAS, assunto que rende horas e horas de bate-papo. Enfim, um excelente whisky que vale a aquisição.




Monkey Shoulder

Blended Malt Teor Alc 40%


Banana, mel, peras e pimenta-da-jamaica no nariz. Baunilha, noz-moscada, toques cítricos e frutas genéricas no palato. Final seco, seguido de pequena explosão de menta.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Blended malt


Em 1853, Andrew Usher, comerciante de bebidas com base em Edimburgo, lançou a primeira marca moderna de whisky escocês no mundo, Old Vatted Glenlivet. Presumindo que não havia spirit de grãos na mistura, hoje em dia, a bebida pode ser chamada de blended malt, definida pela Scotch Whisky Association como um “blend de whiskies escoceses single malt destilados em mais de uma destilaria”.


Tal definição foi acordada depois de muita discussão, quando a Diageo decidiu relançar o whisky de Speyside como um “puro malte”, em 2002. Ao deixar de ser um single malt, isso significava que outros maltes poderiam ser acrescentados ao Cardhu da Diageo para atender à demanda que surgia na espanha e talvez competir com a Glenfiddich pelo primeiro lugar entre os maltes. Os proprietários da Glenfiddich ficaram alarmados e lideraram uma campanha que provocou a maior tempestade da indústria do whisky nos últimos anos. Houve alegações de deslealdade, questionamentos no Parlamento e até um embaraçoso reconhecimento de erro por parte da Diageo.



Enquanto o Cardhu voltava a ser um single malt, a indústria precisou decidir que nomes dar a tais bebidas. No mercado, sempre foram conhecidas como vatted malts, embora se acreditasse que o nome tinha conotações industriais. “Puro malte” soou melhor para o pessoal do marketing, mas não foi aceito no meio. Por fim, depois de estudar durante meses, o comitê responsável chegou ao termo “blended malt”, embora muitos considerem que este nome apenas confunde ainda mais os consumidores.