Whisky

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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Desvendando Nº 58: Bulleit Bourbon


O Bulleit Bourbon tem suas origens em Nova Orleans, local de chegada da família Bulleit, que imigrara da França no século XVIII. Augustus Bulleit mudou-se para Louisville, no Kentucky, em 1830, e começou a produzir bourbon com a própria receita. É importante lembrar que naquela época o bourbon era destilado em pequenos lotes, método que tem sido resgatado nos dias atuais por muitas empresas.

Augustus chegara ao Kentucky no momento histórico certo: viajantes que seguiam rumo ao oeste do país atravessavam o estado e levavam consigo a boa fama da bebida. Infelizmente isso não duraria muito. Em 1860 Augustus estava indo do Kentucky para Nova Orleans com um carregamento de barris e morreu no caminho, fato que levou também à morte a destilaria Bulleit.

Mas, como toda boa história que se preze, esse não foi o fim da marca de whiskey. Os casos daquele whiskey único passavam de pai para filho e a família sonhava em reerguer a marca. Em 1987, mais de 100 anos após a morte de Augustus, Tom Bulleit, tataraneto de Augustus e dono da Four Roses Distillery, finalmente recomeçou a produção do destilado.


O Bulleit é criado com no mínimo 51% de milho, mas tem alto teor de centeio, cerca de 29%, o que dá a bebida o gosto e o aroma tão característicos. O whiskey é colocado em barris de carvalho branco americano e estocado num armazém tradicional de somente um andar, o que assegura que todo o whiskey mature na mesma proporção, produzindo assim um estilo bem consistente.

A garrafa do Bulleit tem forma oval, parecida com as usadas no meio do século XIX. A Seagram comprou a marca e a repassou para a Diageo.

O que pude perceber:
Características: cobre, médio corpo.
Aroma: amadeirado, doce, baunilha. Um pouco de álcool é percebido, mas nada que incomode. Picante. Canela. Aroma de bolo recém-tirado do forno. Um pouco seco. O clássico bourbon só é lembrado sutilmente. A adição de um pouco de água, além de diminuir o teor alcoólico, libera e realça alguns aromas. Agora aparece um caramelo, baunilha, mel e açúcar mascavo. O álcool desaparece no olfato. Continua doce, mas ficou mais redondo e um pouco menos picante.
Paladar: seco, especiarias, canela. Desta vez, em nada lembra os bourbons standards. O álcool não se mostra evidente. Finaliza com uma sensação de aquecimento da boca e de uma forma longa. A adição de um pouco de água deixa a bebida mais palatável, quebra um pouco a força dos 45% de álcool, deixa mais suave e sedoso, terminando com um pouco de especiarias, de forma média e com menos aquecimento da boca. Embora o amadeirado e a baunilha continuem, juntamente com o caramelo, ficou menos doce e melhor de ser apreciado.


Whiskey que eu tinha uma certa curiosidade em conhecê-lo, fazendo boas expectativas sobre ele. Muito aguardado e comentado quando chegou ao Brasil. Mas confesso que esperava outro nível de sabor, por conter uma proporção maior de centeio em sua composição. Esperava algo mais seco e picante, com menos doçura, menos sabor de milho e baunilha. Não encontrei exatamente isso, mas também não posso dizer que me decepcionei com a bebida, apenas não atendeu minhas expectativas. É um bourbon muito bem feito.

Por isso, posso dizer que é um excelente bourbon para quem está querendo sair do trivial, das marcas mais encontradas no mercado, porque esta bebida está um patamar bem acima. Por enquanto, dos bourbons apresentados aqui no blog, ele está no topo.




Bulleit Bourbon

Bourbon Teor Alc 45%


Aromas ricos, de carvalho, levam a um sabor adoçado, formado entre a baunilha e o mel. O final de média duração possui baunilha e uma pitada de fumaça.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Desvendando Nº 57: Grant's Classic 18 Anos


Mais um review de um whisky que eu gosto muito, inclusive de suas variações e lançamentos diferenciados. Já falei bastante sobre ele aqui e ainda irei falar mais. Trata-se do Grant's, e em particular, hoje, do Grant's Classic 18 Anos.

Não coloquei todas as informações sobre a marca neste post para não ficar repetitivo mas, quem tiver curiosidade e quiser saber a história da empresa bem como outros reviews da marca, pode rever os outros artigos sobre Grant's clicando em Grant's Cask Editions Ale Cask Finish Nº 1, Grant's Cask Editions Sherry Cask Finish Nº 2 e Grant's Family Reserve.

O que pude perceber:
Características: cobre, encorpado, oleoso.
Aroma: fragrância suave, rico, complexo, com mel e especiarias, em seguida, notas delicadas e profundas de frutas. Ameixas, passas, frutas pretas, frutas secas, uvas maduras. Doce, malte, biscoitos de maisena. Amadeirado e seco. Nada de álcool. Os whiskies de grãos fazem um fundo quase imperceptível. Um pouco de chocolate meio amargo. Uma ligeira sugestão de Porto Rubi. Adicionando um pouco de água o que se evidencia são as notas de cereais. Continua o amadeirado e o frutado, com frutas de bastante polpa. Ameixas pretas continuam a dar o tom.
Paladar: macio, suave e ao mesmo tempo encorpado, aveludado, doce com uma certa picância e finalização longa. As frutas pretas como ameixas e passas dão o tom no sabor. Mel, chocolate, um pouco de baunilha e cereais dos whiskies de grãos e as uvas. O final deste whisky deixa uma sensação sedosa na boca, longa, quente e elegante. Notas de um vinho do Porto rico. Com a adição de água, os cereais são realçados, além da baunilha e as notas de especiarias. Diminuiu um pouco a intensidade da finalização que continua picante, mas de uma forma mais suave. Amadeirado e chocolate meio amargo permanecem, juntamente com as passas.


Whisky maturado por no mínimo 18 anos em barris que antes continham bourbon e com uma finalização em barris que antes continham vinho do Porto. A garrafa tem um estilo neo-vitoriano que faz deste scotch uma decoração real em qualquer estante ou armário de bebidas.

É tão equilibrado e suave que não me atrevi a experimentá-lo com gelo. Extremamente complexo, sedoso, suave, aveludado, redondo, e um tanto quanto doce. É preciso tempo para degustar e apreciar tudo o que esta bebida tem a oferecer. O envelhecimento de 18 anos, os 43% de teor alcoólico e a finalização em barris que antes continham vinho do Porto fazem toda a diferença.

Esta garrafa foi adquirida da filha de um colecionador que havia guardado por muito tempo. Hoje, o rótulo está um pouco diferente e a graduação alcoólica baixou para 40%. É outro whisky. Quem tiver a oportunidade de apreciar esta garrafa na versão mais antiga, não irá se arrepender.




Grant's Classic 18 Anos

Blend Teor Alc 43%


Um whisky com equilíbrio perfeito e sabor profundo considerável. Rico e comppletamente encorpado, com notas frutadas dos barris de vinho do Porto nos quais esta bebida é finalizada.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Desvendando Nº 56: Grand Old Parr 12 Anos

“Mantenha a cabeça fria por meio da temperança e os pés quentes com exercício. Levante-se cedo, durma cedo e, se quiser prosperar, fique de olhos abertos e boca fechada”.


Este era o lema e guia de vida de Thomas Parr, lendária figura de inglês folclórico cujo túmulo encontra-se na abadia de Westminster e que, segundo uma tradição inverossímil, teria vivido 152 anos, entre 1483 e 1635.

Em 1871, o nome de Old Parr foi tomado emprestado por dois blenders famosos, os irmãos Greenlees, para ser usado no whisky da dupla. Agora, sob o comando dos gigantes industriais da Diageo, a marca continua a fazer sucesso no Japão, na Venezuela, no México e na Colômbia. No Brasil também tem seus seguidores que apreciam o estilo distinto da bebida.

Com sua garrafa de desenho especial, de seção quadrada e vidro marrom, tem por base o single malt Cragganmore.

O que pude perceber:
Características: dourado, reflete a cor da sua caixa. Encorpado, bem oleoso.
Aroma: um álcool bem sutil seguido de um amadeirado. Malte, amêndoas, chocolate amargo. Um pouco esfumaçado. Um pouco de frutas cítricas também aparece. O acréscimo de um pouco de água libera os aromas dos whiskies de grãos, com notas características de cereais crocantes. O álcool fica suavizado, quase imperceptível. Torna-se mais herbáceo, mais floral. A fumaça se contraiu bastante.
Paladar: uma profusão de sabores. Amadeirado, frutado, uma mistura de frutas cítricas com um pouco de frutas cristalizadas, ameixa, biscoito, malte e um pouco de fumaça. Aparecem notas de baunilha no fundo e finaliza com uma certa picância. Amêndoas e chocolate ao leite estão presentes na finalização. Com um pouco de água se torna outro whisky. Ênfase mais nos florais, nos cereais, com um toque condimentado e a fumaça aparecendo somente na finalização. O whisky deixa na boca um certo gosto de frutas cristalizadas, algo parecido com ameixas secas.


Sempre ouvi em vários reviews que este é um whisky para se beber com gelo. Não sou muito adepto da inserção de gelo no whisky mas vamos testar para ver o que acontece e até mesmo para ter informação para os leitores.
O gelo de cara faz com que os aromas se contraiam. Por outro lado, deixa o whisky mais refrescante. Volta o aroma do malte e da madeira. A fumaça não está presente. Há um fundo dos whiskies de grãos, que aparecem sutilmente.
No paladar voltam as frutas cítricas e agora talvez uma maçã ou abacaxi. Um pouco de ervas também podem ser notadas, ervas verdes, de tempero. Um defumado muito sutil na finalização.

É um whisky bastante conceituado e apreciado no nordeste. Aqui no sudeste, nem tanto. No sul, talvez poucos o conheçam. Na minha opinião, um excelente blended para a sua categoria, na faixa dos 12 anos e um ótimo custo benefício para torná-lo o whisky do dia a dia. Dá para encontrá-lo mais barato que sua concorrência, levando assim muita vantagem. Ele entrega bastante aroma e sabor a um preço relativamente em conta.

Considerei um whisky complexo em seu aroma e paladar. Há muita coisa para distinguir fazendo uma degustação com calma. Dá para brincar bastante com este whisky, porém achei que a água e o gelo não funcionaram muito bem para ele. Preferi apreciá-lo puro. Para mim, funciona melhor. A água e o gelo mascaram muito de seus aromas e sabores.

Tudo bem, no nordeste é quente, adicione gelo. Em baladas ou festinhas, onde não se está prestando atenção nas nuances da bebida, adicione gelo. Mas se quiser apreciá-lo em toda a sua plenitude, tente puro.

Ah, mas este não é um whisky para ser apreciado, degustado, é um blended. Qualquer whisky pode ser apreciado. Vai do gosto de cada um. Se há um whisky que você possua no momento e é o que faz você feliz, não importa qual, aprecie. Com moderação.




Grand Old Parr 12 Anos

Blend Teor Alc 40%


Malte acentuado, uva passa e notas de laranja no nariz, com alguma maçã, toques de frutas secas e talvez turfa. Vigoroso no palato, com sabores de malte, uva passa, caramelo queimado e açúcar mascavo.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O que é uma destilaria fechada?

Recentemente falamos num post sobre o renascimento de algumas destilarias fechadas ou “perdidas”. Hoje vamos falar um pouquinho mais sobre elas. Desde os primeiros dias da produção de whisky, as destilarias aparecem e desaparecem. Algumas faliram, algumas se fundiram, algumas literalmente explodiram, e a paisagem escocesa está repleta de restos da destilação histórica. No entanto, este ano foi movimentado para as destilarias perdidas da Escócia.

Destilaria Brora
Não é todo o dia que se anuncia que uma destilaria fechada irá reabrir, mas três em sequência é algo inédito. No início de outubro, a Diageo anunciou que irá reabrir Brora e Port Ellen, ambas fechadas por mais de 30 anos. Para não ser ultrapassado, em seguida, Ian Macleod, dono de Glengoyne e Tamdhu, anunciou que a destilaria Rosebank, fechada desde 1993, também seria reaberta.

POR QUE AS DESTILARIAS FECHAM?

Enquanto os amantes de whisky possuem uma visão mais romântica, as destilarias de whisky são, no final das contas, empresas. Infelizmente, isso significa que as decisões de negócios são feitas e as destilarias fecham. Às vezes, como era mais frequentemente o caso no passado mais distante, as empresas entravam em falência ou não podiam se dar ao luxo de manter as destilarias abertas. No entanto, mais recentemente, houve mais decisões pragmáticas - quando a indústria de whisky não está indo tão bem, as empresas que possuem várias destilarias simplesmente fecham algumas delas.

Destilaria Port Ellen
Foi o que aconteceu no caso de Port Ellen, Brora e Rosebank. Em 1983, o ano em que Port Ellen e Brora fecharam, e uma década depois, no caso de Rosebank, muitas destilarias em toda a Escócia pararam a produção. A demanda por whisky caiu e os produtores precisavam economizar dinheiro. 

The Distillers Company Ltd, proprietários das três destilarias, decidiram que eram excedentes aos requisitos e as fecharam. A destilaria Caol Ila produziu whisky semelhante a Port Ellen, Clynelish produziu whisky suficiente para suprir a Brora (que estava bem ao lado) e Glenkinchie cumpriu as necessidades da empresa para ser o whisky leve das Lowland, para a qual Rosebank era conhecida.

Na época, os single malts não eram tão populares e os fechamentos não causavam grande protesto. No entanto, anos depois, os whiskies de todas as três destilarias vieram a ocupar um lugar de grande prestígio e suas garrafas valorizaram.

POR QUE OS WHISKIES DE DESTILARIAS FECHADAS CUSTAM TANTO?

Uma pergunta simples com muitas respostas. A mais fácil delas é apenas a raridade: as destilarias fechadas não fazem mais whisky e, à medida que os estoques vão baixando, há por consequência menos whisky disponível a cada dia. Quer se trate de garrafas antigas, cheias há anos, ou barris de whisky, não haverá mais quando tudo se esgotar.

Além disso, os whiskys que ainda estão em barris estão envelhecendo. Com isso, o preço está aumentando graças a não só os anjos que tomam sua participação, mas também os custos habituais ano a ano para cuidar de um barril até a maturidade.


Felizmente, embora os proprietários (e antigos proprietários) de destilarias fechadas não tenham muito estoque, os engarrafadores independentes estão ajudando a preencher as lacunas. Gordon & MacPhail, Signatory, Douglas Laing e Hunter Laing, têm grandes estoques de destilarias perdidas.


Fonte: blog.thewhiskyexchange.com

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Como o whisky envelhece?

O envelhecimento é parte fundamental do processo de fabricação de whisky. Para nós, apreciadores, é interessante conhecer esta ciência em termos práticos.

O que dizem alguns experts:
"Para mim, se não há maturação, então o espírito não é whisky, é uma espécie de vodka” - Dave Broom.
"Até 70% do sabor e do caráter de um whisky é formado durante o processo de envelhecimento" - Michael Jackson.
"A maturação é um processo essencial que traz a melhor característica do whisky e trabalha para refiná-lo ainda mais" - Suntory Whiskey Handbook.

O QUE ACONTECE DURANTE A MATURAÇÃO DO WHISKY

  • extração (da madeira)
  • oxidação (efeito do ar no barril no whisky)
  • adsorção (whisky mergulhando no barril)
  • evaporação (uma mistura de água, etanol e compostos imaturos)
  • esterificação (a formação de compostos de sabor)

OS PRINCIPAIS FATORES QUE DETERMINAM A QUALIDADE DA MATURAÇÃO
  • espírito novo
  • barril
  • método de armazenamento
  • meio ambiente
New-make
Com o espírito novo, uma série de perguntas precisam ser feitas, as quais só podem ser respondidas com muita experiência: como os sabores mudam, quando eles estarão no auge, os defeitos desaparecerão e qual será a melhor combinação para o whisky em particular?

Barril
Os barris têm um enorme efeito sobre a maturação do whisky, uma vez que o armazenam enquanto amadurece. Em termos de estrutura, as paredes celulares dos barris de carvalho são constituídas por três componentes principais:
  • celulose
  • lignina
  • hemicelulose
À medida que o whisky envelhece, esses componentes adicionarão seu próprio caráter ao whisky. Quando o barril é carbonizado, os elementos de celulose transmitirão notas de frutas e caramelo; a hemicelulose oferecerá uma "sedimentação" mais pronunciada; e as ligninas trarão o caráter de baunilha conhecido, frequentemente encontrado no whisky.


Um whisky amadurecido também pode ser "temperado", ou seja, um novo envelhecimento em um tipo diferente de barril do que aquele que foi amadurecido anteriormente. Isso faz duas coisas:
  • reduz a madeira
  • acrescenta sabor do conteúdo anterior desse barril (como bourbon, xerez ou vinho tinto)
Método de armazenamento
A maneira como os barris de whisky são armazenados também tem efeito sobre a maturação. Existem três estilos principais: o estiramento (onde os barris são tradicionalmente estocados, no máximo de três); embalados (armazenados em prateleiras com espaço aéreo em torno deles, muitas vezes vários bastidores altos); e paletados (os barris são empilhados em suas extremidades em paletes de madeira, geralmente muito altos, com eficiência em espaço, mas diferentes níveis de evaporação).

Além disso, existem outras variáveis que desempenham sua parte:
  • força de embarrilamento: o ABV ideal (porcentagem de álcool) para extrair compostos de um barril de carvalho é de 60%.
  • temperatura: quanto maior a temperatura do ambiente de maturação, mais tanino é extraído e mais escura a cor do whisky.
  • Umidade: o whisky envelhecido em um clima muito úmido verá o seu nível de álcool diminuir à medida que é amadurecido. Por outro lado, o whisky envelhecido em um clima de baixa umidade verá o aumento do seu nível de álcool.

Meio ambiente: a localização e o clima também influenciam no sabor e caráter do whisky em envelhecimento.


Este é apenas um texto explicativo tentando simplificar o que é um tópico extraordinariamente complicado.


Fonte: blog.thewhiskyexchange.com

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Destilarias icônicas "perdidas" serão revividas em grande investimento escocês


As destilarias que ficaram em silêncio desde que foram fechadas em 1983, serão trazidas de volta à produção através de um investimento de £ 35 milhões feitos pela Diageo, a principal empresa mundial de whisky escocês.

Nos 34 anos desde que Brora e Port Ellen foram fechadas, os whiskies que produziram se tornaram alguns dos líquidos mais cobiçados e procurados, reconhecidos por qualidade e caráter excepcionais, o que acabou por elevar as destilarias fantasmas ao status de “cult” entre entusiastas e colecionadores de whisky.

Durante muitos anos, fãs de whisky em todo o mundo pediram à Diageo que reabrisse essas destilarias fechadas. A decisão é em parte uma resposta às demandas dos entusiastas existentes, mas também reflete o forte crescimento no mercado de malte e a oportunidade de criar novas gerações de consumidores de whisky.

Port Ellen Distillery, na famosa ilha de Islay, e Brora, na remota costa leste de Sutherland, serão reintegradas para destilar em quantidades cuidadosamente controladas, com uma atenção meticulosa aos detalhes, replicando sempre que possível os regimes de destilação e o caráter espiritual das destilarias originais. As destilarias também terão casas dedicadas a receber convidados e espera-se que se tornem atrações icônicas na paisagem turística escocesa, atraindo entusiastas de whisky de todo o mundo.

Antes da reabertura, somente algumas pessoas tem o privilégio de testar as bebidas originais de Port Ellen e Brora, à medida que se tornam cada vez mais raros. Agora, novas expressões desses whiskys poderão ser produzidas para o desfrute das novas gerações.

As novas destilarias Brora e Port Ellen estarão entre as menores destilarias da Diageo, capazes de produzir 800 mil litros de álcool por ano. Elas irão replicar o mais próximo possível dos perfis de sabor originais de Port Ellen e Brora. Sujeito a permissão de planejamento e consentimento regulamentar, projeto detalhado, construção e trabalho de comissionamento, espera-se que as destilarias estejam em produção até 2020.


Fonte: whiskyintelligence.com

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Kilchoman Red Wine Cask Matured


Pouco menos de 10.000 garrafas do lançamento de edição limitada estão disponíveis em todo o mundo. Destilado em 2012, o Kilchoman Red Wine Cask Matured passou seu tempo de maturação completo num único barril em vez de ser apenas uma finalização, onde o whisky só gasta alguns meses em tais barris antes do engarrafamento. Os barris, do Vale do Douro em Portugal, foram selecionados pessoalmente pelo Fundador da destilaria, Anthony Wills. A edição de vinho tinto segue as expressões amadurecidas de Porto, Madeira e Sauternes lançadas anualmente pela destilaria desde 2014.

Tal como acontece com toda a gama Kilchoman, o Red Wine Cask Matured é turfado, sem filtragem a frio e tem uma cor vermelha natural como resultado da extração dos barris de carvalho. Esta expressão particular foi engarrafada em 50% de ABV, ligeiramente mais forte do que o típico ABV de 46%. A maior força de engarrafamento adiciona estrutura e intensidade à bebida.

Notas de prova:
Nariz: manteiga cremosa, fumaça de turfa persistente em segundo plano.
Paladar: doce e arredondado, com chocolate amargo, alcaçuz, fumaça de turfa integrada.
Acabamento: limpo e doce com uma textura rica e um acabamento longo.


Engarrafado com 50% de ABV está sendo vendido com um preço aproximado de $ 124.99.


Fonte: whiskyintelligence.com

domingo, 19 de novembro de 2017

Highland vs Speyside: uma breve comparação

Este é um texto com foco nas regiões Highland e Speyside: as duas principais áreas de whisky na Escócia. Muitos guias de whisky falam sobre elas como tendo seu próprio estilo distinto, mas eles são bastante enganadores, principalmente por causa da enorme diversidade de estilos de whisky encontrados em ambas as regiões.

Muitas pessoas falam de maltes das Highland. O que dizer então do Inchmurrin, com acentuadas notas florais e de gramíneas?. Outros tentam dizer que Speyside é tudo sobre elegância e frutas macias. E os maltes carnudos e cheios de corpo como Craigellachie ou Mortlach? O fato é que ambas as regiões são capazes de produzir whiskies leves e elegantes, bem como bebidas ricas e cheias de corpo.

Todo mundo pensa em Speyside como uma região por direito próprio, mas tecnicamente, é uma sub-região das Highlands, o que explica por que algumas destilarias de Speyside escolhem rotular seu whisky como Highland, para citar Glenfarclas, Dalwhinnie e Macallan. Incrívelmente, os limites oficiais para as duas regiões só foram finalizados em 2009, apesar de muitas destilarias dentro delas serem ativas há 200 anos ou mais.

Quando se trata de números, Speyside ganha. Tem 51 destilarias em comparação com 36 nas Highlands, e também possui os três single malts escoceses mais vendidos:


Speyside reivindica também o whisky mais caro já vendido: um decantador de seis litros de Macallan 'M' que fez quase £ 400,000 em leilão em 2014. Também domina a produção escocesa de whisky single malt, representando quase dois terços dele e quase três vezes o tamanho de seu vizinho das Highlands:


Todavia, se você possui a tendência de beber apenas os whiskies de uma região ou de outra, Speyside ou Highland, saia da zona de conforto. Escolha a sua região favorita e estilo de whisky e experimente um whisky com as mesmas características, porém da outra região. A experiência será incrível.


Fonte: blog.thewhiskyexchange.com

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Um guia de iniciantes para o whisky canadense

Durante anos, os únicos whiskies canadenses que poderiam ser encontrados com maior facilidade eram os grandes nomes: Crown Royal e Canadian Club. Agora, outros rótulos querem ganhar sua fatia no mercado, como Pike Creek, Lot 40 e Wiser's 18 anos. Mas, o que exatamente é o whisky canadense?

O Básico

Em primeiro lugar, a ortografia: ao contrário de outros whiskies norte-americanos, não há “E” no whisky canadense. Mas isso é só curiosidade.

O que interessa mesmo é que o whisky canadense tem semelhanças e diferenças tanto com o whisky escocês como com o whiskey americano: é feito um mash, fermentado e destilado de maneira semelhante, mas podem ser maturados em barris usados, como na Escócia, e também usar uma grande variedade de grãos diferentes para criar sabores, como na América. O whisky resultante tem um perfil de sabor que pode ser posicionado entre o whisky de grão escocês e o centeio americano.


Blended whisky

Quase todo o whisky canadense é blended. Os produtores utilizam uma seleção de grãos, cevada, milho, centeio e trigo, mas em geral, cada um é fermentado, destilado e amadurecido separadamente. Estes são então misturados antes de entrar na garrafa. Isso dá muita flexibilidade ao criar whiskies, pois a destilaria pode focar no perfil de sabor que deseja logo no ato da mistura, ao invés de ter que projetar como o whisky será depois de anos.

Whisky básico e whisky aromatizante

De forma semelhante ao blended scotch whisky, existem dois tipos principais de espírito que são usados para criar a maioria dos whiskies canadenses: whisky básico e whisky aromatizante.

O whisky básico é destilado com um teor alcoólico bastante elevado, como o whisky de grão escocês, e é um espírito de sabor mais leve que age, como o nome sugere, como base.

O whisky aromatizante é normalmente destilado com um teor alcoólico mais baixo, criando espíritos mais fortemente aromatizados que são usados de maneira semelhante aos single malts em um blended escocês, adicionando camadas de sabor e caráter ao whisky base.

Também há destilarias que fazem experimentos de single malts em todo o país.

Single blends

Embora eles sejam normalmente blends, a maioria dos whiskies canadenses ainda são produto de uma única destilaria, um pouco como os chamados "single blends" na Escócia, um estilo raro de whisky, onde tanto o grão quanto o single malt são feitos na mesma destilaria. Embora cada produtor canadense tenha um estilo de casa, a variedade de diferentes grãos que eles usam significa que muitas vezes produzem uma maior variedade de versões diferentes do que a destilaria escocesa média.


Rye whisky


O centeio é um grão que adiciona camadas de sabor picante ao whisky. Nos primórdios da fabricação de whisky no Canadá, imigrantes alemães e holandeses sugeriram adicionar um pouco de centeio e tornou-se tão popular que agora é uma adição padrão no whisky canadense, não importa quanto centeio esteja na receita, os canadenses chamam seu whisky de “rye”. Em tempos mais recentes, o Canadá tornou-se conhecido pela produção de 100% de whisky de centeio.


Fonte: blog.thewhiskyexchange.com

domingo, 24 de setembro de 2017

Johnnie Walker lança os últimos whiskies da série Blenders' Batch


Johnnie Walker está lançando três novos whiskies experimentais da sua série Blenders' Batch para aficionados do whisky e amantes de coquetéis. Os whiskies de edição limitada estão sendo apresentados na final do Diageo World Class Bartender of the Year, na Cidade do México.

Todos os três novos blends, Johnnie Walker Blenders' Batch Wine Cask Blend, Johnnie Walker Blenders' Batch Rum Cask Finish e Johnnie Walker Blenders' Batch Espresso Roast, foram projetados para formar a base de coquetéis de whisky excepcionais e, no entanto, como todos os whiskies clássicos da marca, também podem ser apreciados diretamente sobre o gelo.

Os whiskies Johnnie Walker Blenders' Batch são o resultado de experiências ousadas que elevam os limites de sabor. Assim como o Johnnie Walker Black Label, que foi testado pela primeira vez em experiências de sabor há mais de um século e que passou a se tornar um verdadeiro ícone do Scotch, esses novos whiskys são criados por uma pequena equipe de 12 misturadores apaixonados e habilidosos, sob a orientação especializada do Master Blender Jim Beveridge.

Johnnie Walker Blenders' Batch Wine Cask Blend é o resultado de uma experiência de maturação em barricas de vinho iniciada por Beveridge há mais de uma década. É um Scotch excepcionalmente leve e frutado, cheio de baga fresca viva, sabores de caramelo doce e aromas fragantes e perfumados.

Johnnie Walker Blenders' Batch Wine Cask Blend será lançado a partir deste mês com um preço sugerido de venda de US$ 29,99.


Johnnie Walker Blenders' Batch Rum Cask Finish e Johnnie Walker Blenders' Batch Espresso Roast estará disponível a partir de outubro de 2017.


Fonte: whiskyintelligence.com

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Destilaria Jim Beam lança Jim Beam Vanilla


A destilaria Jim Beam anunciou oficialmente a mais recente adição ao seu portfólio de bebidas saborizadas, Jim Beam Vanilla. Jim Beam Vanilla mistura licor de baunilha de Madagascar com o bourbon clássico do Kentucky.

Continuando com uma tradição familiar de inovação e exploração de mais de 222 anos, os destiladores de Jim Beam atingiram o equilíbrio perfeito da sutil baunilha de Madagascar com notas de caramelo e o caramelo próprio do bourbon, produzindo um doce aroma de baunilha e uma cor marrom dourada. Bartenders com amostras iniciais do produto sugeriram a mistura de Jim Beam Vanilla com refrigerante de cola e um enfeite de cereja para dar cor e sabor extra.

O portfólio de whiskey aromatizado da Jim Beam continua a contribuir para um impulso positivo da marca após o lançamento do Jim Beam Apple em 2015. Segundo pesquisas, as vendas da Jim Beam registraram crescimento de 15% nos últimos 12 meses.

Produzido com 70 proof (35% ABV), o novo Jim Beam Vanilla oferece o equilíbrio perfeito de doces suaves de baunilha, notas de carvalho e notas de bourbon com um caramelo profundo. Jim Beam Vanilla junta-se ao portfólio de whiskey aromatizado existente da marca já no mercado, incluindo Jim Beam Apple, Jim Beam Kentucky Fire, Jim Beam Honey e Red Stag Jim Beam Black Cherry. Terá um preço de varejo sugerido de US$ 15,99 por 750 ml.



Fonte: whiskyintelligence.com

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Destilaria Jack Daniel lança Jack Daniel's Tennessee Rye


A Destilaria Jack Daniel usou seus 150 anos de experiência em whiskey para criar um whiskey de centeio ao estilo de Jack, sabor picante, mas com um caráter suave. O Tennessee Rye, de Jack Daniel, será lançado nacionalmente em outubro.

Toda gota de Jack Daniel feita em Lynchburg, no Tennessee, passa por um filtro de carvão e depois é amadurecido em barris novos de carvalho americano criados pela própria destilaria. O mestre destilador Jeff Arnett e sua equipe de criadores de whiskey criaram um perfil de gosto distintivo para um novo whiskey de centeio como nenhum outro.

O Tennessee Rye, de Jack Daniel, possui um mash bill de 70% de centeio, 18% de milho, 12% de cevada maltada e é cuidadosamente filtrado em carvão para dar o acabamento conhecido de Jack. Com 90 proof (45% ABV), oferece sabores ricos do início ao fim. No palato, este whiskey de centeio bem arredondado brilha com acentos de caramelo e especiarias, passas secas, seguido de um acabamento de centeio quente e picante no final. O aroma é uma mistura atraente de frutas macias em camadas com um tempero de centeio subjacente e carvalho.


Disponível nas prateleiras em outubro, o Tennessee Rye de Jack Daniel terá tamanhos de garrafas de 50ml, 750ml e 1 litro. Tennessee Rye será oferecido a um preço de varejo sugerido de US$ 26,99 para uma garrafa de 750 ml.


Fonte: whiskyintelligence.com

sábado, 16 de setembro de 2017

Ardbeg AN OA, nova adição ao portfólio permanente


No coração da Destilaria Ardbeg, um single malt esfumaçado, doce e arredondado tomou forma. Ardbeg AN OA (pronuncia-se "an oh") é inspirado na parte mais indomável da ilha escocesa de Islay. Lançado em setembro de 2017, será a primeira nova expressão permanente a surgir na destilaria depois de quase dez anos.

Como o whisky complexo que compartilha seu nome, o Mull of Oa de Islay é visivelmente arredondado. No ponto mais ao sul da ilha, as falésias altas do promontório estão desafiadoramente contra as tempestades atlânticas furiosas, proporcionando um abrigo de boas-vindas para a costa sul de Islay, onde fica a destilaria há mais de 200 anos. Ardbeg AN OA presta homenagem à sua proveniência indomável, com contrastes de intensidade, poderoso e doce, que celebram o local onde a tempestade se encontra com a calmaria.

Foi criada uma sala nova e personalizada onde encontra-se o vasto Gathering Vat, especialmente criado a partir de carvalho francês para conter o Ardbeg AN OA. Dentro dele, as diferentes camadas de whisky lentamente se juntam. Para ter sua riqueza, o spirit amadurece em barris de Pedro Ximénes, em carvalho virgem e em barris ex-bourbon. Culmina em um single malt muito mais complexo e arredondado do que a soma de suas partes.

Os aromas arredondados e sutilmente esfumaçados de OA refletem notas de toffee cremoso, anis, toques de pêssego e banana. A textura lisa e cremosa do whisky leva a uma enorme doçura no paladar, com folhas de chá de chocolate ao leite, laranja e fumaça, misturando-se com especiarias doces, fumaça de charutos e alcachofras grelhadas, antes de um final prolongado, sedutor e esfumaçado.

Ardbeg AN OA não é filtrado a frio e é engarrafado em ABV de 46,6%. Possui preço sugerido de venda de US$ 49,00 e estará disponível em revendas especializadas a partir de setembro de 2017.

NOTAS DE PROVA
Cor: ouro.
Aroma: arredondado e sutilmente esfumaçado, com toffee cremoso, anis, melado. Uma curiosa sugestão de frutas suculentas, como pêssego e banana. Com uma gota de água, vem a lembrança da fragrância clássica de Ardbeg, limão, resina de pinheiro, erva-doce, sabonete e alcatrão. Uma cera suave, como cera de vela perfumada, e toques de ervas defumadas.
Paladar: uma textura suave e cremosa leva a uma enorme doçura xaroposa, sabores de chocolate ao leite, melado, anis, laranja e folhas de chá esfumaçadas. Especiarias delicadas e doces (noz-moscada e canela), alguma fumaça de charuto e um sabor muito incomum de alcachofras grelhadas. Longo e doce, com toques florais, toffee de menta e algumas notas gentilmente amanteigadas.
Acabamento: sedutor, suave e intenso, com sabores de anis, nogueira e fumaça sutil.


Fonte: whiskyintelligence.com

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Bourbon X Scotch: algumas diferenças

Para apreciadores de bebidas que não sejam whisky, Scotch e Bourbon são a mesma coisa. Um espírito escuro, feito com os mesmos ingredientes e envelhecido nos mesmos barris. Certo? Errado. As duas bebidas têm muito em comum, mas também há um mundo de diferença.

LOCALIZAÇÃO

Scotch: o whisky escocês deve ser feito na Escócia. Não só isso, para usar o termo "scotch whisky" no rótulo, o whisky também deve ser maturado e engarrafado na Escócia (com exceção do blended, que pode ser engarrafado fora).

Bourbon: contrariamente à opinião popular, bourbon não precisa ser feito no Kentucky. Pode, de fato, ser feito em qualquer estado dos EUA, mas a água calcária encontrada no Kentucky faz dela uma localização ideal. O calcário filtra impurezas como o ferro.


INGREDIENTES

Scotch: o whisky single malt deve ser feito com 100% de cevada maltada. O whisky de grãos geralmente é feito com uma combinação de cevada maltada e não maltada, bem como outros grãos.

Bourbon: deve ser elaborado com uma receita básica ("mash bill") de pelo menos 51% de milho, com o restante composto de centeio, trigo e cevada. Quanto maior a proporção de milho na receita, mais doce é o bourbon. Os bourbons com maior proporção de centeio terão um sabor mais apimentado.

DESTILAÇÃO

Scotch: o método em que o whisky escocês é destilado depende do estilo ou da categoria: os single malts são geralmente destilados duplamente (às vezes triplo destilados) em alambiques tipo pot still, enquanto os whiskies de grãos serão destilados em alambiques de coluna.

Bourbon: quase todo o bourbon é primeiro destilado em um alambique de coluna, então o espírito sofre uma segunda destilação em um pot still modificado, conhecido como "doubler".


MATURAÇÃO

Scotch: as pessoas que fazem o whisky escocês têm muito para agradecer a indústria do bourbon. Os destiladores de Bourbon só podem envelhecer seu espírito em barris novos de carvalho. Depois de terem sido usados uma vez, os barris não servem mais para eles, então a maioria é vendida aos produtores escoceses. Os destiladores escoceses têm muito mais liberdade quando se trata de envelhecer o seu whisky e usam uma grande variedade de barris, incluindo aqueles que anteriormente continham vinho, ou até Cognac.

Bourbon: a outra grande diferença entre o whisky escocês e o bourbon é o clima. As temperaturas mais quentes do Kentucky significam que as taxas de evaporação são muito maiores, então o bourbon amadurece muito mais rápido do que o equivalente escocês, cerca de duas vezes mais rápido.


SABOR

É extremamente difícil falar sobre um estilo genérico para whisky escocês ou bourbon, mas há alguns sabores gerais que se pode esperar, dependendo do estilo.

Scotch: não existe um único estilo genérico de whisky escocês. Um Speysider leve e frutado tem pouco em comum com um robusto e turfado monstro de Islay. Além disso, devido a fatores como o tipo de barril, o nível de turfa e o tempo de maturação, os whiskies escoceses podem ser elegantes e florais, ricos e picantes, ou até mesmo ter um caráter salgado e marítimo.

Bourbon: um bourbon feito com uma alta proporção de milho será mais doce do que um com uma dose forte de centeio. Também é justo dizer que os bourbons geralmente terão um sabor mais doce do que a maioria dos whiskies escoceses e muitas vezes exibirão notas de toffee, canela e baunilha.

Ao comparar scotch whisky e bourbon, é impossível dizer se um é melhor que o outro. É mais uma questão de qual espírito você prefere. A maioria dos bourbons são feitos em um estilo acessível, mas há muitos whiskies escoceses que são suaves e sutis, também. Recomenda-se experimentar alguns de cada um e construir o próprio repertório de whisky. Felizmente há muitos whiskies para escolher.


Fonte:blog.thewhiskyexchange.com


quinta-feira, 8 de junho de 2017

Royal Salute lança nova edição de 21 anos: Polo Edition


Royal Salute revelou uma nova edição de 21 anos de idade, Polo Edition, com uma mistura mais delicada, projetada para ser apreciada durante o dia e como acompanhamento de ocasiões esportivas sofisticadas como o Polo, um esporte sinônimo de valores de luxo, tradição e prestígio.

Sandy Hyslop, diretor de blends da Royal Salute, desenvolveu a nova mistura de uma combinação de grãos perfumados e maltes frutados envelhecidos por um mínimo de 21 anos. O novo líquido incorpora os valores do Polo como esporte e estilo de vida: força, equilíbrio e finesse. Mais brilhante em textura e com notas de melão maduro e toffee cremoso, esta nova expressão é suave e sofisticada, proporcionando uma experiência de degustação duradoura, perfeita para desfrutar ao sol em entretenimentos ao ar livre.

O novo whisky escocês está alojado em garrafas de porcelana, artesanais, com o tema de Polo distinto, exclusivo para o whisky de edição limitada. O tom azul turquesa foi escolhido para imitar o céu azul e a grama verde do campo de polo tradicional. As garrafas são decoradas com cenas de jogadores de Polo em ação.

O Royal Salute Polo Edition será exibido em um evento de Polo em Cingapura em junho e estará disponível globalmente a partir de setembro a um preço sugerido de USD $ 140.


Fonte: whiskyintelligence.com


domingo, 4 de junho de 2017

World Whisky Day: parte 2


Continuando as comemorações do dia mundial do whisky participei, no último dia 20 de maio, de uma degustação muito bem conduzida pelo Mestre Mauricio Porto, do blog O Cão Engarrafado.


O evento foi realizado no Admiral's Place em São Paulo, bar anexo ao restaurante Sal Gastronomia, do badalado Chef Henrique Fogaça, um dos jurados do programa MasterChef Brasil.


Os rótulos apreciados foram o bourbon Woodford Reserve, o blended japonês Kakubin e os single malts Glenmorangie Quinta Ruban 12 Anos, Glen Deveron 16 Anos e Ardbeg Ten.

Cesar Adames, Mauricio Porto, Alexandre Tito, Michel Texier, Michel Hansen

Além da apresentação teórica sobre princípios de degustação e análise sensorial, produção, leitura de rótulos e curiosidades, as bebidas foram harmonizadas com queijos especiais, chocolates e salmão curado caseiro.

Cesar, Michel, Fabio (Gerente do Admiral's Place), Alexandre


As degustações dirigidas são uma ótima oportunidade para conhecer aromas e sabores, desenvolver novas percepções e aumentar o conhecimento sobre determinada bebida.

Neste evento, tive ainda o privilégio de rever velhos amigos e de conhecer aqueles que, até então, só havia tido contato através das redes sociais. Uma grata satisfação.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Desvendando Nº 55: Monkey Shoulder


O Monkey Shoulder é um whisky escocês triplo malte desenvolvido por David Stewart, o destilador mestre da William Grant. A primeira coisa a ser notada é a garrafa, com formato semelhante àquela bem característica da Balvenie, mas com três macacos subindo um no ombro do outro. O nome vem da lesão temporária que o movimento constante de mexer a cevada durante a maltagem causa no ombro (algo que os funcionários da William Grant ainda fazem).

O Monkey Shoulder foi desenvolvido pela empresa para atingir um público maior com o single malt e também para mostrar que o whisky pode ser ótimo para misturas de drinks.


Os três single malts que compõem o blend são Glenfiddich, Balvenie e Kininvie. Os maltes escolhidos amadurecem em barris de carvalho americano ex-bourbon de primeiro preenchimento, o que garante notas de baunilha suave. Os três maltes de Speyside são então misturados e embarrilados juntos para um casamento de 3 a 6 meses.


O que pude perceber:
Características: cor dourada, de médio corpo para encorpado.
Aroma: doce, frutado, mel e banana. Um pouco de baunilha e também um amadeirado. No fundo dá para sentir algumas notas picantes. Ervas podem ser sentidas bem como um caramelo, alguma coisa de passas, frutas secas, ameixas. Possui ainda um fundinho de chocolate. Nada da presença de álcool. Adicionando um pouco de água evidencia a banana, o chocolate, as ervas e o mel. A baunilha e o caramelo diminuem um pouco. A ameixa e as frutas cristalizadas continuam. O chocolate, que antes era um meio-amargo, agora está mais para ao leite.
Paladar: banana, especiarias, mel, caramelo, frutas cristalizadas, uma certa picância e baunilha, tudo misturado. Uma complexidade de sabores. É preciso ir com calma e desvendando aos poucos. Possui boa finalização, eu diria que média, picante das especiarias, com um pouco de baunilha e caramelo. Tem uma doçura para dar uma quebrada na picância. Estão presentes também, ainda na finalização, o chocolate e a banana. Com um pouco de água, chocolate ao leite, mel, banana e frutas cristalizadas. A madeira influencia um pouco mais agora.


É um whisky oleoso, bem estruturado e complexo. É formado por três single malts da famíla Grant's: Glenfiddich, Balvenie e Kininvie. Já dá para ter uma ideia da qualidade do produto. Infelizmente só é encontrado nas lojas Duty Free nos aeroportos internacionais. O preço é outro atrativo desta bebida, sendo um excelente custo-benefício.

Quem for viajar não pode perder a oportunidade de conhecer um blended malt muito bem feito. Mais uma prova de que, quando feito com cuidado, o sabor é o que importa, e não sua idade. Mas aí já estou entrando na seara polêmica dos whiskies NAS, assunto que rende horas e horas de bate-papo. Enfim, um excelente whisky que vale a aquisição.




Monkey Shoulder

Blended Malt Teor Alc 40%


Banana, mel, peras e pimenta-da-jamaica no nariz. Baunilha, noz-moscada, toques cítricos e frutas genéricas no palato. Final seco, seguido de pequena explosão de menta.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Blended malt


Em 1853, Andrew Usher, comerciante de bebidas com base em Edimburgo, lançou a primeira marca moderna de whisky escocês no mundo, Old Vatted Glenlivet. Presumindo que não havia spirit de grãos na mistura, hoje em dia, a bebida pode ser chamada de blended malt, definida pela Scotch Whisky Association como um “blend de whiskies escoceses single malt destilados em mais de uma destilaria”.


Tal definição foi acordada depois de muita discussão, quando a Diageo decidiu relançar o whisky de Speyside como um “puro malte”, em 2002. Ao deixar de ser um single malt, isso significava que outros maltes poderiam ser acrescentados ao Cardhu da Diageo para atender à demanda que surgia na espanha e talvez competir com a Glenfiddich pelo primeiro lugar entre os maltes. Os proprietários da Glenfiddich ficaram alarmados e lideraram uma campanha que provocou a maior tempestade da indústria do whisky nos últimos anos. Houve alegações de deslealdade, questionamentos no Parlamento e até um embaraçoso reconhecimento de erro por parte da Diageo.



Enquanto o Cardhu voltava a ser um single malt, a indústria precisou decidir que nomes dar a tais bebidas. No mercado, sempre foram conhecidas como vatted malts, embora se acreditasse que o nome tinha conotações industriais. “Puro malte” soou melhor para o pessoal do marketing, mas não foi aceito no meio. Por fim, depois de estudar durante meses, o comitê responsável chegou ao termo “blended malt”, embora muitos considerem que este nome apenas confunde ainda mais os consumidores.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

The Milk & Honey Distillery: primeira destilaria de Israel lança seu primeiro single malt


A espera para o primeiro whisky single malt em Israel acabou. No World Whiskey Day, em 20 de maio, a destilaria Milk & Honey engarrafou o primeiro barril em sua série experimental. As primeiras 391 garrafas do single malt entrarão em venda no final de junho.

Este é o primeiro whisky a ser produzido e engarrafado em Israel depois de envelhecer em barril por um mínimo de três anos. Por conseguinte, está em conformidade com a definição de whisky na Escócia e na maioria dos países ao redor do mundo. É o prenúncio do que ainda está por vir em relação ao whisky israelense, que é bem maduro, graças ao caloroso clima de Israel.


A destilação deste whisky histórico começou nos estágios iniciais da destilaria, mesmo antes de ser estabelecida em sua localização atual no sul de Tel Aviv, antes da compra do equipamento industrial atual. O whisky foi destilado em janeiro de 2014 em um armazém na região norte de Sharon, pelo destilador Tomer Goren, juntamente com o mestre destilador de renome internacional, o falecido Dr. Jim Swan, como parte de seu papel como consultor para a destilaria na época.

O líquido foi envelhecido por 31 meses em um barril de carvalho americano virgem de 225 litros e depois por mais sete meses em um barril ex-bourbon na destilaria em Tel Aviv.


As primeiras garrafas do whisky israelense irão à venda ao público em junho, distribuídas pela Hacarem em lojas selecionadas em todo o país. As vendas das primeiras garrafas da edição especial (números 1-100) começarão em 7 de julho de 2017 por 10 dias através de um leilão internacional especial.


Fonte: whiskyintelligence.com